Chefe do Banco Mundial elogia ações do Brasil contra mudança climática

O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, elogiou as medidas adotadas pelo Brasil para combater a mudança climática, afirmando que o país “está pondo em prática políticas e programas que reduzem o desmatamento”. Zoellick também elogiou o México, outra das nações convidadas à cúpula, o qual “adotou uma estratégia ampla contra a mudança climática e trabalha em planos específicos”.

As declarações foram feitas antes do início da reunião de ministros de Finanças do G8, realizada em Osaka (centro do Japão). No encontro, Japão, Estados Unidos e Reino Unido reivindicaram o maior apoio financeiro possível, sobretudo dos países ricos, ao novo fundo milionário que apóiam para promover energias limpas no mundo em desenvolvimento.

O secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, e o ministro da Economia britânico, Alistair Darling, concordaram que “é preciso agir” para conseguir US$ 10 bilhões a fim de ajudar os países em desenvolvimento a estabelecer programas de redução de emissões de gás carbônico. Zoellick e o titular de Finanças japonês, Fukushiro Nukaga, também concordaram em que é necessário disponibilizar ajuda aos países mais pobres.

Administração do Banco Mundial – Japão, Reino Unido e Estados Unidos promovem o chamado Fundo de Tecnologias Limpas, que seria administrado pelo Banco Mundial. Em entrevista coletiva, Paulson disse que “a atenção maior deve ser dada ao mundo em desenvolvimento, que é o maior emissor”. O secretário do Tesouro disse que espera conseguir o apoio do G8 e de outras nações, inclusive o de países em desenvolvimento.

Japão, Reino Unido e EUA seriam os principais doadores desse novo fundo contra a mudança climática, com contribuições que beirariam US$ 1 bilhão ou US$ 2 bilhões cada. “A mudança climática é uma das questões que devem ser tratadas com mais urgência e as nações em desenvolvimento são as que precisam de uma maior assistência”, indicou Nukaga, que pediu que “o maior número possível de países” contribua.

Por sua parte, Zoellick e Darling insistiram em que os efeitos da mudança climática são especialmente visíveis no mundo em desenvolvimento, que sofre o maior número de desastres naturais, como inundações ou secas. “Espero que, em duas semanas, tenhamos alcançado maiores progressos”, disse o ministro britânico, em referência à cúpula do G8 que será realizada entre 7 e 9 de julho e incluirá, além disso, uma reunião internacional contra a mudança climática. (Fonte: G1)