“Toda vez que não colocamos usinas hidrelétricas, optamos por térmicas a óleo, que causam grandes problemas de emissões de CO2 (dióxido de carbono). Nosso potencial de emissão de CO2 está em torno de 40 milhões de toneladas. Se não fizermos mais usinas hidrelétricas, por considerarmos a Amazônia um santuário, o potencial de emissão passará para 300 milhões em 2016”, alertou Zimmermann.
Também presente ao seminário, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, ratificou a importância das hidrelétrica para a matriz energética nacional: “O Brasil sempre foi dependente de matriz hidroelétrica, e isso é bom.”
Kelman lembrou que, recentemente, com as dificuldades para obtenção de licenciamento ambiental e os obstáculos que a Justiça impõe para que se construam hidrelétricas, estão sendo contratadas usinas que queimam óleo. “E nossa matriz está ficando mais cara e mais suja.”.
O risco de desabastecimento no país também foi discutido no encontro. Zimmermann reconheceu que é grande o desafio da matriz elétrica brasileira para acompanhar o crescimento da demanda. Segundo ele, para se gerar o menor custo final de energia possível, será necessário o uso de hidrelétricas, em torno de 70%, somadas a outras formas de energia, como a nuclear, a eólica, além do carvão mineral, da biomassa e das fontes alternativas, que responderão pelos outros 30%.
“Até 2030, teremos que ampliar a capacidade instalada em mais de 120 mil megawatts, o que significa dobrar a capacidade atual. Sabemos, que até lá, trabalhamos com uma implantação de 90 mil megawatts em hidrelétricas – o restante será viabilizado por outras formas de produção de energia”, destacou Zimmermann. (Fonte: Lisiane Wandscheer/ Agência Brasil)