Segundo a agência da ONU, a técnica de mutação induzida, utilizada desde os anos 1920, pode ajudar a produzir plantas com um rendimento maior na colheita e que se adaptam a condições climáticas extremas, como seca ou enchentes, e que também se tornem resistentes a algumas doenças e a ataques de pragas.
Segundo a AIEA, a técnica de mutação induzida é “segura, comprovada e com bom custo-benefício”.
“A natureza global da crise dos alimentos não tem precedentes. Famílias em todo o mundo estão tendo dificuldades em se alimentar”, disse o diretor-geral da AIEA, Mohamed ElBaradei, em um comunicado distribuído pela agência.
Mutações – A técnica utiliza radiação para acelerar as mutações genéticas ocorridas naturalmente nas plantas e que as ajudam a se adaptar a diferentes condições e a resistir a pragas e doenças.
Com isso, adaptações que poderiam levar milhões de anos para ocorrer naturalmente podem ser aceleradas para ocorrer em um prazo muito mais curto.
Para ElBaradei, “para prover soluções sustentáveis, de longo prazo, precisamos usar todos os recursos disponíveis”.
Segundo a AIEA, mais de 3.000 variedades de cerca de 170 espécies diferentes de plantas já foram desenvolvidas com a ajuda da técnica e a supervisão da AIEA.
Entre essas variedades, estão um tipo de cevada que pode ser cultivado a altitudes superiores a 5 mil metros e um tipo de arroz que cresce em solos com alto grau de salinidade. (Fonte: Estadão Online)