Kerry Sieh, ex-Instituto de Tecnologia da Califórnia e hoje na Universidade Tecnológica Nanyang em Cingapura, escreveu com colegas no periódico “Science” que um terremoto em 2007 ao longo de um trecho mais ao sul da falha representou uma ruptura apenas parcial daquela região de 644 quilômetros, que esteve tranqüila por quase dois séculos. Os pesquisadores dizem que essa parte da falha geológica, chamada de seção Mentawai, deverá ter ao menos mais uma grande ruptura.
Como prova, eles apontam os padrões de crescimento dos recifes de corais na região nos últimos 700 anos. Quando ocorre um terremoto, o fundo do mar se eleva, efetivamente baixando o nível do mar de maneira que aqueles recifes rasos ficam acima da superfície. Os corais não conseguem crescer para cima, mas suas partes ainda submersas crescem para os lados.
Os pesquisadores encontraram sinais desse padrão de crescimento a cada 200 anos, aproximadamente, indo até o século XIV – o que sugere ciclos de atividade de terremotos. Mas cada ciclo consistia em diversos grandes eventos ao longo de três décadas ou mais. Então o terremoto de 2007, dizem eles, é apenas o primeiro de um novo ciclo. (Fonte: G1)