Ele diz que a compensação deve complementar o esforço de redução de emissões. “O certo é deixar de poluir.” Sanquetta ressalva que práticas de entidades com respaldo internacional são positivas.
Já João Wagner, gerente da divisão de questões globais da Cetesb, é mais cético. “Não dá para acreditar que a queima de combustíveis fósseis capturados há milhares de anos vai ser compensada plantando árvore. Quantas eras serão necessárias para compensar essas emissões?”, questiona. Ele diz que não há garantia de que a árvore viverá o bastante para fazer o efeito necessário.
“A compensação não é uma licença para poluir mais. Ela custa dinheiro. Nenhuma empresa que aceita fazer esse processo vai querer poluir mais”, defende Francisco Maciel, da ONG Iniciativa Verde. Ele explica que o processo começa com um inventário de emissões de CO2 das empresas, fase que já é benéfica, porque muitas não sabem quanto emitem e onde podem reduzir. A ONG as ajuda a plantar árvores em áreas de restauro de mata nativa. (Fonte: Cyrus Afshar/ Folha Online)