A Índia é um dos maiores emissores mundiais, ao lado da China, Estados Unidos e Rússia, e também a segunda nação mais populosa do planeta. Mas as emissões per capita da Índia estão muito aquém das efetuadas pelas nações ricas, por isso o país considera que o mundo desenvolvido deveria assumir a liderança no manejo das mudanças climáticas.
“A Índia não pode e não vai assumir metas de redução de emissões porque a erradicação da pobreza e o desenvolvimento econômico e social são prioridades mais importantes que todas”, diz um comunicado em nome do ministro do Meio Ambiente, Jairam Ramesh.
Uma obrigação legal de cumprir metas de redução de emissões põe em risco a conservação de energia, a segurança alimentar e o transporte da índia, disse ele.
A Índia expressou sua posição bem antes da negociação em dezembro, em Copenhague, do tratado sobre o clima que substituirá o Protocolo de Kyoto.
Nações em desenvolvimento dizem que os países ricos deveriam até 2020 cortar as emissões em pelo menos 40 por cento em relação aos níveis de 1990.
Os países desenvolvidos afirmam que essa meta não pode ser alcançada num momento em que tentam estimular suas economias, afetadas pela recessão. (Fonte: Estadão Online)