“Vai depender também do interesse dos sócios. Só queremos garantir competitividade e para isso tem que haver pelo menos dois consórcios, mesmo que cada um tenha uma controlada da Eletrobrás”, disse, lembrando ainda que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai apoiar “fortemente a parte financeira do projeto”.
Ainda segundo Lobão, se o leilão de Belo Monte não ocorrer em novembro, o início das obras fica prejudicado e deverá ser atrasado em pelo menos um ano. “Há uma janela hidrológica que impede o início das obras antes disso, por conta de chuvas na região no período. E não podemos nos dar ao luxo de atrasar em um ano a construção desta usina, sob o risco de termos que acionar térmicas, que são mais poluentes”, disse.
Já o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que é aguardada para semana que vem a declaração de reserva de disponibilidade hídrica da Agência Nacional das Águas (ANA) com relação à usina de Belo Monte. “Com este documento teremos um bom avanço para leiloar a usina até o final de novembro”, disse Tolmasquim.
Segundo ele, a partir desta licença, só faltará o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) se pronunciar. “Estamos bastante confiantes. Todos os percalços são contornáveis e sabemos que a usina vai sair. Só temos que ficar bastante atentos, porque com um empreendimento deste porte podem ocorrer manifestações contrárias até em cima da hora, pouco antes do leilão”, disse. (Fonte: Kelly Lima/ Estadão Online)