O leilão, chamado de A-5, contrata energia para abastecer o sistema elétrico brasileiro daqui a cinco anos. Tolmasquim acredita que o governo conseguirá licença ambiental para que haja participação majoritária de hidrelétricas no certame de 2010, cujos empreendimentos abastecerão o sistema em 2015.
Sem as licenças ambientais, o leilão A-5 contrataria principalmente energia de usinas térmicas movidas a gás e carvão. “Não precisamos fazer leilão a qualquer custo”, afirmou o presidente da empresa.
De acordo com Tolmasquim, o consumo de energia elétrica em 2009 teve queda de 0,5% em relação a 2008, por causa da crise econômica. Dessa forma, o país ganhou uma folga de um ano para realizar o leilão, sem perigo de carência de oferta. Haverá excedente de energia em 2014 de 4 mil MW médios, segundo Tolmasquim.
Apagão – O presidente da EPE esteve presente em audiência pública realizada pela Comissão de Infraestrutura do Senado. Durante audiência, comentou que o prejuízo do apagão do dia 10 de novembro foi muito menor que o racionamento de energia de 2001, já que aconteceu por poucas horas e à noite, não prejudicando produção industrial.
“Foi um inconveniente indesejável, mas é outra ordem de grandeza”, afirmou o presidente.
Tolmasquim segue agora para reunião do grupo de trabalho que acompanha as investigações sobre o apagão. O grupo deverá concluir hoje o estudo sobre o RAP (Relatório de Análise de Perturbação), entregue pelo ONS (Operador Nacional do Sistema) na última sexta-feira. (Fonte: Folha Online)