Encontro discute a sustentabilidade socioambiental das unidades de conservação da Amazônia

Os indicadores de sustentabilidade socioambiental de unidades de conservação da Amazônia estão sendo discutidos por 40 especialistas em monitoramento de áreas protegidas em encontro que termina nesta sexta-feira (26), em Brasília.

O evento é coordenado pelo Instituto Sócio-Ambiental (ISA) e busca construir um sistema de monitoramento das unidades de conservação. Os debates foram divididos em quatro temas: gestão, meio ambiente, economia e cultura. A secretária-executiva do ISA para a área de políticas públicas na Amazônia, Adriana Ramos, afirmou que o encontro é importante para se fazer uma radiografia das populações que vivem nessas áreas de conservação.

“Nós queremos saber do ponto de vista socioambiental, da relação das pessoas com essas unidades de conservação, o que é que está acontecendo. E tendo esse quadro, a gente entende que é possível contribuir com a melhoria das políticas públicas que visam a dar maior integração e melhor qualidade de vida às populações da Amazônia, tanto aquelas que vivem dentro das unidades de conservação quanto às que vivem em seu entorno”, disse.

Muriel Saragoussi, ex-secretária de políticas para a Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, debateu hoje sobre os aspectos econômicos das unidades de conservação na Amazônia e defendeu a implantação de políticas públicas para melhorar a vida das comunidades que vivem do extrativismo.

“Incidir sobre a realidade para melhorá-la, preparar políticas públicas ou identificar oportunidades; por exemplo, um grupo econômico está identificando oportunidades econômicas, uma política de preços mínimos para produtos do extrativismo; como é que você monta uma cadeia produtiva em cima disso; como é que você garante que as organizações da base, os produtores, se beneficiem disso?”

O encontro marca a conclusão de discussões ocorridas em seis fóruns em 2009, que reuniram 118 instituições que trabalham em unidades de conservação, nos nove estados da Amazônia Legal. São representantes de ONGs nacionais e internacionais, setores de governo e pesquisadores. (Fonte: Agência Brasil)