Cientistas chineses testaram com sucesso o primeiro reator nuclear experimental de quarta geração, segundo publicou o jornal oficial “Diário do Povo”.
O teste aconteceu no denominado CEFR (Reator Experimental Rápido da China, sigla em inglês), explicou Zhang Donghui, diretor-geral do projeto, e seu êxito faz da China o oitavo país do mundo a conseguir esta façanha.
O gigante asiático investiu no projeto um total de 2,5 bilhões de yuanes (US$ 370 milhões).
A quarta geração da energia nuclear se destaca por utilizar entre 60% e 70% do urânio empregado, uma taxa muito superior ao rendimento de 1% obtido nos reatores convencionais.
No entanto, ainda é desenvolvido mediante protótipos, e os especialistas consideram que não terão aplicação comercial em pelo menos duas décadas.
“O reator rápido ampliará o uso das fontes de urânio existentes na China de 100 anos previstos nos atualidade até mil anos”, acrescentou Zhang.
A China extrai de seu território cerca de 750 milhões de toneladas de urânio, mas a demanda cresce exponencialmente, e estima-se que em 2015 a China requereria dez mil toneladas a mais deste combustível atômico.
O país asiático está imerso em um plano de desenvolvimento de sua energia nuclear, à qual inclui dentro do grupo de energias limpas, em contraposição ao petróleo e ao carvão (esta última fonte ainda supõe mais de dois terços do consumo energético chinês).
Assim, Pequim projeta construir 60 novos reatores nucleares em todo o país e chegar a produzir através deste tipo de centrais 75 milhões de quilowatts em 2020, 5% da energia total. (Fonte: Folha.com)