O Banco Mundial apresentou nesta sexta-feira (3) um estudo na Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 16) em que aponta que as cidades são responsáveis por 80% das emissões de gases causadores de efeito estufa e que elas deverão absorver semelhante porcentagem dos investimentos em adaptação às mudanças climáticas.
O órgão internacional cita Rio de Janeiro e São Paulo como duas cidades que “dão esperança pois têm emissões per capita de menos de 2,1 milhões de toneladas de dióxido de carbono” ao ano. Nova York, em comparação, emite 10,5 milhões de toneladas de dióxido de carbono. O Bird informa no entanto, que é possível filtrar fatores naturais para ter um grau comparativo que permita avaliar se uma cidade está ou não progredindo na redução de seu impacto climático.
O documento do Bird destaca a necessidade de se implementar políticas que levem em conta o clima nas cidades, já que mais da metade da população mundial já é urbana. “Tem essa questão de que [as administrações municipais pensam] ‘sou uma cidade, tenho meus problemas, por que devo me preocupar com a questão global?’. Há 3 razões para isso: pirimeiro, há recursosa a serem atraído, segundo, o clima local melhora. E número três: há vantagens de ser uma cidade que saia na frente nesse processo”, disse Andrew Steer, enviado especial do Bird para Mudanças Climáticas, reforçando que cidades que têm tomado iniciativas de redução de seus impactos climáticos têm conseguido êxito nesses projetos e ganhado projeção com isso.
O banco destaca que as cidades, ao mesmo tempo em que representam um problema por causa de suas emissões concentradas, podem ser parte da solução por serem mais compactas e por estimularem soluções criativas.
O estudo avaliou as 50 maiores cidades do mundo, que juntas têm cerca de 500 milhões de habitantes e emitem 2,6 bilhões de toneladas de dióxido de carbono – volume que, comparado a países, só perde para China e Estados Unidos. (Fonte: Dennis Barbosa/ G1)