Logo após o acidente com o reator 4 de Chernobyl, há exatos 25 anos, o governo soviético decidiu construir uma nova cidade, chamada Slavutich, a cerca de 50 km da usina, para abrigar parte dos funcionários do complexo, que continuou gerando energia até 2000.
A usina, agora desativada, segue sendo o principal empregador da cidade. O fantasma do desastre nuclear ronda o local: a estação de trem tem, logo na entrada, um medidor de radiação. No momento em que a reportagem do G1 passou pelo local, ele marcava 13, 7 micro-roentgens por hora, um número considerado normal.
O núcleo urbano fica perto de Chernobyl, mas fora do raio de 30 quilômetros da zona de exclusão da usina. Foi construído em apenas dois anos. Cada bloco de prédios foi erguido por uma diferente república soviética, num esforço conjunto para fazer frente ao maior desastre nuclear da história.
Diariamente, centenas de trabalhadores partem diariamente de trem de Slavutich para Chernobyl. Curiosamente, no trajeto, o trem sai da Ucrânia, passa por Belarus e volta a entrar em território ucraniano.
Os funcionários atuam no controle da radiação, na administração do que sobrou da usina. Apesar de já não produzir energia, o complexo é considerado uma planta em funcionamento, já que ainda guarda combustível nuclear. Até 2000, ainda se produzia energia no complexo, que então tinha 12 mil funcionários. Atualmente, emprega 3 mil. (Fonte: Dennis Barbosa/ G1)