Com capacidade instalada de 361 megawatts (MW) e um aporte de cerca de R$ 1,4 bilhão, a Usina Mauá, localizada no Paraná, inaugurará comercialmente duas de suas cinco turbinas a partir da próxima quarta-feira (12), gerando energia para o Sistema Interligado Nacional (SIN). As demais turbinas encontram-se na fase de testes e devem entrar em operação até o final de janeiro de 2013, com geração suficiente para atender 1 milhão de consumidores.
“Já começamos a gerar renda com esse empreendimento. Sabemos que se trata de bom negócio e que os próximos 30 anos [prazo da concessão da usina] serão tempo mais que suficiente para obtermos todo o retorno [e lucro] pelo investimento feito”, disse à Agência Brasil o presidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto.
A concessão de Mauá pertence ao Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, formado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel ), detentor de 51% do empreendimento, e pela Eletrosul Centrais Elétricas/Eletrobras, com 49%.
“Para nós é ainda mais especial por essa usina representar nosso retorno à geração de energia no Paraná”, acrescentou Mescolotto, após lembrar que a Eletrosul havia atuado nas usinas de Salto Osório e de Santo Santiago – antes de serem privatizadas, durante o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso.
O empreendimento está entre os previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Foi construído entre os municípios paranaenses de Telêmaco Borba e Ortigueira, aproveitando a força das águas do Rio Tibagi. A barragem tem 745 metros de comprimento na crista e 85 metros de altura máxima. A superfície do reservatório tem 84 quilômetros quadrados.
A Eletrosul pretende ampliar a atuação na geração de energia limpa, em especial nas fontes eólicas. “Vamos participar do leilão A-5 [de contratação de energia de reserva, a partir de fontes hidrelétrica, eólica e termelétrica] da próxima sexta-feira [14]. Nele, teremos uma dedicação especial para a eólica”, antecipou Mescolotto.
“Vamos nos tornar o maior player de [geração de energia] eólica no Sul. Já temos empreendimentos prontos e em construção. Em Santana do Livramento [RS], temos uma geradora com capacidade de 90MW em operação comercial. Há outros 480 MW em construção também no Rio Grande do Sul. Um em Santa Vitória do Palmar, e outro em Chuí”, informou.
“Nós sabemos do potencial para energia eólica no limite com o Uruguai, onde há ventos muito bons, comparáveis com os do Nordeste”, acrescentou o presidente da Eletrosul. (Fonte: Pedro Peduzzi/ Agência Brasil)