Um extenso campo de microalgas, possível causa da morte de tartarugas e que podem causar o fenômeno da “maré vermelha”, começou a se deslocar para o oeste do Pacífico centro-americano, informou neste domingo uma fonte oficial em San Salvador.
“As correntes começaram a deslocar para o oeste o afloramento de microalgas”, disse à AFP o especialista em ecologia costeira marinha do Ministério do Meio Ambiente (MARN), Enrique Barraza.
Os resultados das amostras d’água coletadas a 5 milhas náuticas de distância, dentro da área da costa, segundo Barraza, indicam que “não foram encontradas evidências significativas de abundância de microalgas que provocam a maré vermelha”.
No final de julho e começo de agosto, as autoridades localizaram vinte tartarugas mortas na costa de Ahuachapán, na fronteira entre El Salvador e Guatemala, e suspeitam que possa estar associada à concentração de microalgas, embora estudos preliminares não tenham identificado a floração de “microalgas nocivas”.
A Universidade de El Salvador estuda tecidos dos quelônios para determinar as causas de sua morte.
Segundo Barraza, desde a sexta-feira não foram reportados novos casos de tartarugas mortas no Pacífico salvadorenho.
O afloramento de microalgas foi detectado pelos satélites da Nasa a 100 km de distância, em frente ao território salvadorenho, mas “não afetou” as praias do país, destacou um comunicado do MARN.
O deslocamento das microalgas, segundo o Ministério do Meio Ambiente, tem a ver com os ventos, a variação da temperatura na água e a mudança das correntes, razão pela qual não se pode estimar os dias ou semanas que permanecerá na região.
Segundo a análise de Meio Ambiente, o fenômeno natural poderia alcançar os 40.000 km2 de extensão na costa do Pacífico, da Costa Rica até a Guatemala.
O Pacífico centro-americano tem 3.793 km de extensão, da Guatemala ao Panamá. (Fonte: Terra)