Presidente francês pede compromisso do Canadá contra mudanças climáticas

O presidente da França, François Hollande, – que será o anfitrião de negociações internacionais sobre o clima no ano que vem – disse a legisladores nesta segunda-feira que está contando com o país norte-americano, explorador de petróleo, para ajudá-lo no combate ao aquecimento global.

“Nós esperamos que o Canadá se comprometa totalmente com o combate ao aquecimento global”, disse Hollande, em um discurso no Parlamento canadense.

Em dezembro de 2015, Hollande reunirá líderes de todo o mundo na capital francesa para a COP21, Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, com o objetivo de negociar novos limites para as emissões de gases estufa.

Exportadores de energia e grandes economias desenvolvidas, como o Canadá, serão convidados a fazer sacrifícios, mas o país não tem demonstrado vontade de controlar sua indústria energética e planeja construir enormes oleodutos.

De fato, o Canadá é um dos maiores poluidores do mundo, respondendo por 1,9% das emissões totais, e a expectativa é de que descumpra a meta de 2020 de reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 17%.

Quando perguntado, o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, falou dos esforços de seu governo para reduzir as emissões, setor por setor.

Ele argumentou que o Canadá tem feito avanços, como a suspensão de usinas de energia movidas a carvão.

Mas em um recente relatório parlamentar independente, atualmente não existe um plano para reduzir as emissões geradas pelas areias betuminosas de Alberta, que são a fonte de geração de emissões de carbono que mais cresce no Canadá.

“Nós reconhecemos, assim como a França, obviamente, que há muito trabalho a ser feito em nível internacional para chegar aonde todos nós queremos, que é um acordo global que crie compromissos vinculantes em todos os grandes emissores”, disse Harper.

Hollande, que realiza uma visita de Estado no Canadá, seguirá depois para a província francófona de Quebec, que mantém fortes lanços culturais e econômicos com a França. (Fonte: UOL)