Desastres naturais de 2014 foram menos destrutivos, afirma seguradora

As catástrofes naturais registradas em 2014 provocaram menos mortes e danos materiais que nos últimos trinta anos, constata a resseguradora Munich Re em um documento publicado nesta quarta-feira (7).

A gigante alemã dos resseguros, que publica estudo anual sobre o tema, calcula que os custos acumulados pelas catástrofes no ano passado chegaram a US$ 110 bilhões, valor menor que no ano anterior (US$ 140 bilhões) e que a média dos últimos trinta anos.

Os desastres provocaram 7.700 mortes. Com 665 vítimas, as inundações na Índia e no Paquistão em setembro foram as mais mortíferas. O mais destrutivo e caro evento climático de 2014 foi o ciclone Hudhud, que atingiu a Índia, com um custo de US$ 7 bilhões.

O número de mortos registrados nas catástrofes naturais caiu significativamente em relação a 2013 (21.000) e à média dos últimos anos, e se situa no nível de 1984.

‘Ilusão de segurança’ – Estes dados são uma boa notícia, comenta em um comunicado Torsten Jeworrek, membro da direção da Munich Re, e são explicados, entre outras coisas, pelas medidas preventivas adotadas pelas autoridades, como na Índia com a chegada do ciclone Hudhud ou nas Filipinas antes do tufão Hagupit.

A temporada de furacões na América do Norte e Central foi relativamente tranquila, já que foram registrados oito furacões violentos contra os 11, em média, ocorridos entre 1950 e 2013. Mas os dados de 2014 “não permitem criar a ilusão de segurança”, afirma Jeworrek, que adverte “que não há razão para esperar uma evolução similar em 2015”.

Dos US$ 110 bilhões em danos constatados no ano passado, apenas US$ 31 bilhões estavam assegurados. O desastre natural mais caro, uma tempestade no Japão que esteve acompanhada por fortes nevascas, teve um custo para as companhias de seguros de US$ 3,1 bilhões.

Acordo acaba com disputa judicial entre a empresa e a comunidade afetada. Em 2008, petróleo em rio prejudicou cerca de 31 mil pessoas em povoados. (Fonte: G1)