As ilhas norueguesas de Svalbard, no Ártico, estão desencorajando visitantes de última hora que querem ver um raro eclipse solar na próxima semana, alertando que os hotéis estão cheios, o frio será intenso e os ursos polares estarão à solta.
Um eclipse total, quando a lua bloqueia o sol e sua sombra se projeta na Terra, irá percorrer o Atlântico no dia 20 de março, mas só será visível do solo em Svalbard e nas Ilhas Faroe. Nos dois locais os hotéis estão reservados há anos, embora as ilhas ainda tenham algumas vagas, inclusive em residências particulares.
O eclipse será visto de forma parcial no norte da África, na Europa e no norte da Ásia. Em Londres, por exemplo, 84% do sol será coberto pela lua.
Christin Kristoffersen, prefeito de Longyearbyen, principal assentamento de Svalbard, disse à Reuters que são esperados 1.500 visitantes para o eclipse, além dos 2.500 moradores, o que significa que o arquipélago normalmente acolhedor atingiu seu limite máximo de segurança.
“A segurança vem em primeiro lugar, antes até do que o eclipse”, afirmou. “Temos que cuidar das pessoas. É terrivelmente frio em março, e temos o desafio de lidar com os ursos polares”.
Um urso matou um adolescente britânico em Svalbard em 2011, a fatalidade mais recente. Em média, três ursos são mortos a tiro por ano em legítima defesa em Svalbard.
Aurora boreal – No melhor dos casos, com céu claro, a aurora boreal também será visível durante o eclipse matutino.
Nesta sexta-feira os céus devem ficar parcialmente enevoados, com temperaturas de -17 graus Celsius em Longyearbyen e -3 Celsius em Torshavn, capital das Ilhas Faroe, indica o Instituto Meteorológico Norueguês. As Ilhas Faroe, uma nação autônoma dentro da Dinamarca, estimam que 8 mil visitantes irão engrossar sua população de 50 mil habitantes, segundo Torstein Christiansen, gerente de turismo e negócio da empresa Visit Torshavn.
Será o primeiro eclipse total nas ilhas desde 1954, e o próximo é esperado só para 2245.
Os acampamentos das ilhas, que geralmente abrem em maio, acolherão visitantes audaciosos. “E não temos ursos polares”, garantiu Christiansen à Reuters. (Fonte: G1)