A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou em reunião nesta terça-feira (30) o reagendamento para 28 de outubro de um leilão que oferecerá concessões para a construção e operação de linhas de transmissão de eletricidade.
O leilão estava previsto para acontecer no dia 2 de setembro, mas o governo avaliou que a data não era adequada, já que coincidiria com a semana de julgamento final do processo de impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.
O governo avalia também mudanças no edital para atrair mais interessados. Segundo a Reuters, podem ocorrer modificações nos lotes de empreendimentos ofertados e na receita máxima autorizada para os vencedores.
A Aneel prevê publicar o edital com as novas configurações da licitação em 28 de setembro.
Recentemente, a Aneel aprovou um aumento de 10,2% na Receita Anual Permitida (RAP) para este leilão de transmissão. A RAP é a remuneração que será paga ao vencedor do leilão pela prestação do serviço. Vence a disputa a empresa ou consórcio que ofertar a menor RAP.
O leilão terá 25 lotes de empreendimento localizados na Bahia, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, com expectativa de investimentos de R$ 12,6 bilhões.
Leilão da Celg-D não teve interessados – No dia 16, o Ministério de Minas e Energia anunciou o adiamento do leilão da Celg-D, distribuidora que atende ao estado de Goiás. O certame foi adiado porque não houve interessado em assumir a concessão.
A venda da Celg-D seria o primeiro teste do projeto de desestatização do governo do presidente em exercício, Michel Temer.
Apesar de decisão de entregar o controle da distribuidora à iniciativa privada ter saído durante o governo da presidente afastada, Dilma Rousseff, o edital do leilão foi publicado em junho, após a chegada de Temer ao Planalto. (Fonte: G1)