Projetos brasileiros que contribuem para o desenvolvimento sustentável local foram apresentados nesta terça-feira (4) no Seminário Diálogos sobre o Planeta: Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável. Entre os trabalhos estão o Mapa da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente e um levantamento da Fundação Nacional do Índio (Funai) sobre como as terras indígenas demarcadas contribuem para a conservação da biodiversidade no Brasil e para evitar o desmatamento, além de projetos da Eletrobras e de Furnas para o crescimento econômico e sustentável de comunidades tradicionais e indígenas.
O seminário foi o primeiro promovido no Brasil para aprofundar o debate sobre os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), instituídos pela Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro do ano passado e assinado pelos 193 países-membros, para dar continuidade à agenda global dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que vigorou de 2000 a 2015 e ainda não foi totalmente superada.
O evento foi promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Pnud), em parceria com Furnas. Segundo o assessor sênior do Pnud Brasil, Haroldo Machado Filho, o debate da agenda 2030 baseia-se em cinco eixos de atuação: Paz, Pessoas, Planeta, Prosperidade e Parcerias. O seminário de hoje tratou do eixo Planeta.
“Essa implementação dos ODS começou em 1º janeiro de 2013 e vai até 31 de dezembro de 2030″, disse Haroldo Machado. Ele informou que, no mundo inteiro, estão sendo realizados eventos relacionados ao tema, para mostrar que existe uma agenda comum, “uma lista de tarefas para todos” até 2030.
“O Pnud Brasil teve essa ideia de trazer as grandes áreas de atuação da agenda e começamos pelo P de Planeta, mas temos ainda alguns eventos para montar essa narrativa para o desenvolvimento sustentável”, acrescentou.
Entre as áreas de atuação dentro do eixo Planeta, Haroldo citou as de recursos hídricos, energia, indígena, biodiversidade e mudanças do clima. Ele lembrou que um dos objetivos da agenda 2030 é implantar projetos “localmente” para o desenvolvimento da comunidade.
“A localização é essa ideia de chegar no território, de aterrar a ideia dos ODS na prática, na implementação concreta nas localidades, nos municípios. Então a agenda e os ODS são um acompanhamento por meio de metas e de indicadores até 2030. É por isso que dizemos que é essa a lista de tarefas. E é com esse acompanhamento das ações nos vários territórios, nos municípios, nos estados, por meio de indicadores quantitativos, que se pode avaliar o progresso, o desenvolvimento em várias dimensões”, acrescentou.
De acordo com a superintendente de Comunicação e Relações Institucionais de Furnas, Ana Cláudia Gesteira, a estatal é parceria do Pnud desde 2000 e vai fortalecer o trabalho dos ODS. “A parceria é trabalhar nos seminários, para levar os temas para o Brasil, mobilizar todas as empresas, sociedade civil, governos municipal e estadual, para o cumprimento das metas. Já trabalhamos algumas metas com a ONU, o grande desafio pelo planeta 50-50 em 2030, com a ONU Mulheres, que é trabalhar a questão da igualdade de gênero e raça. E agora as metas de sustentabilidade, que vêm para fortalecer tudo isso.”
Os seminários temáticos sobre os outros eixos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável serão feitos até o fim do próximo ano na Bahia, no Paraná, em São Paulo e em Brasília. (Fonte: Agência Brasil)