A Suprema Corte da Índia proibiu nesta sexta-feira (25) a venda de fogos de artifício em Délhi e seus arredores para conter os altos níveis de poluição na capital indiana, que neste mês chegou a superar em até 20 vezes os limites recomendados.
“Levando em conta a grave situação da qualidade do ar, podemos intervir suspendendo as licenças (de venda)”, afirmou o principal órgão judicial do país em sua sentença, na qual detalhou que também não poderão ser expedidas novas licenças para vender tais artefatos.
O tribunal também pediu ao governo indiano que anule imediatamente as licenças para armazenar fogos de artifício, acrescentou a agência local de notícias “Ians”.
A medida pretende atenuar os altos níveis de poluição da região da capital indiana, que aumentaram drasticamente no início de novembro após a celebração do Diwali, uma festividade hindu que habitualmente é comemorada com milhões de fogos altamente poluentes.
As autoridades indianas ordenaram então o fechamento dos colégios e a paralisação das obras de construção e demolição durante cinco dias, e inclusive pediram à população que permanecesse em casa devido à poluição.
Quase um mês após o Diwali, a poluição em Nova Délhi chegou a diminuir, mas ainda segue muito acima da considerado saudável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em P.K.Puram, no centro de Délhi, os valores de MP10 chegaram às 665 partículas por metro cúbico, enquanto no caso do MP2,5 chegaram a até 162, frente às 999 e 643 partículas por metros cúbicos registrados no dia 31 de outubro.
A OMS considera que a concentração de partículas no ar acima de 150 por metro cúbico gera dano à população de risco, como idosos e crianças, assim como pessoas com doenças respiratórias.
Quando essa concentração supera os 200, o ar se torna “muito insalubre” e pode causar afecções na população em geral, enquanto de 300 em adiante o ar é considerado “tóxico”. (Fonte: Terra)