A modelo Gisele Bündchen postou no Twitter nesta quinta-feira (24) uma crítica ao decreto presidencial que extingue a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca). A área, com mais de 4 milhões de hectares, fica na divisa entre o Sul e Sudoeste do Amapá com o Noroeste do Pará.
Com a revogação da reserva, criada em 1984, a floresta, que tem alto potencial para exploração de ouro, poderá ser concedida para a exploração mineral.
Na postagem, Gisele afirmou que o país não pode destruir áreas protegidas em “prol de interesses privados”.
“Vergonha! Estão leiloando nossa Amazônia! Não podemos destruir nossas áreas protegidas em prol de interesses privados”, escreveu a modelo ao compartilhar uma publicação da organização não governamental WWF sobre o tema.
Logo depois, a modelo postou uma imagem de uma área verde em formato de pulmões com uma parte desmatada. Em cima da imagem foi escrita uma mensagem contrária à extinção da reserva ambiental. “Convoco a todos os brasileiros a dizerem ‘não’ ao abrandamento da proteção da Amazônia”, diz o texto.
Esta não é a primeira vez que Gisele Bündchen utiliza o Twitter para comentar questões ambientais.
Em junho, a modelo postou uma mensagem pedindo que o presidente Michel Temer vetasse duas medidas provisórias que poderiam diminuir uma área preservada no Pará.
Na ocasião, o presidente, também pelo Twitter, publicou uma resposta a Gisele em que dizia que havia vetado os dois textos.
Derrubada do decreto – Nesta quarta, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou um projeto que tem o objetivo de sustar o decreto presidencial que extingue a Renca.
Para isso acontecer, a proposta precisará ser aprovada pelo Senado e pela Câmara dos Deputados.
“Segundo informações da WWF Brasil […], a extinção da Renca é uma ‘catástrofe anunciada’, que coloca em risco as nove áreas protegidas que estão dentro dos limites da reserva”, argumenta Randolfe na justificativa do seu projeto.
O senador também afirma que existem comunidades indígenas no local e diz que cabe ao Congresso Nacional autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais. Para o parlamentar, o decreto é inconstitucional. (Fonte: G1)