Iniciativas do Ministério do Meio Ambiente para recuperar a vegetação nativa nos biomas brasileiros serão apresentadas, nesta sexta-feira (1º/09), durante a programação da VII Conferência Bienal Mundial da Sociedade de Restauração Ecológica (SER 2017), que ocorre desde o dia 27, em Foz do Iguaçu (PR).
A participação do ministério será no simpósio Políticas Públicas para Recuperação de Vegetação Nativa em Larga Escala, a partir das 10h30. O debate reúne, para a troca de experiências, representantes de países que estão construindo políticas nacionais para tratar da questão, a exemplo do Brasil.
“A ideia é fazer uma comparação entre países que realizam esforço semelhante e ver como lidam com o tema também na perspectiva do desenvolvimento econômico”, adianta o diretor do Departamento de Florestas do MMA, Carlos Alberto Scaramuzza. Ele irá ministrar a palestra Política Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa no Brasil: As lições aprendidas e próximas ações.
Scamuzza explica que fará o balanço dos últimos quatro anos à frente da construção de uma política nacional. “Nesse contexto destaco a importância da Comissão Nacional para Recuperação da Vegetação Nativa (Conaveg) como um espaço fundamental para promover a interlocução entre diferentes atores, permitindo o estabelecimento de objetivos comuns, cooperação e coordenação de esforços”.
O diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Raimundo Deusdará Filho, também participa do simpósio. Ele apresentará o projeto de cooperação entre o Brasil, a Guatemala e Honduras para promover reflorestamento com espécies nativas, sistemas agroflorestais, manejo florestal comunitário e recuperação de áreas degradadas.
Com o tema Conectando a Ciência e a Prática para um Mundo Melhor, a SER 2017 é organizada pela Sociedade de Restauração Ecológica (SER) em parceria com a Sociedade Brasileira de Restauração Ecológica (SOBRE) e a Sociedade Ibero-Americana e do Caribe para Restauração Ecológica (SIACRE).
O objetivo é fornecer uma plataforma dinâmica e envolvente para o compartilhamento de conhecimento sobre a questão por meio de simpósios, workshops, sessões temáticas simultâneas e viagens técnicas de campo.
Scaramuzza destaca que a realização da conferência no Brasil mostra como o tema tem crescido de importância e criado uma massa crítica na comunidade cientifica, organizações não governamentais e no governo, fundamental para um debate qualificado. “Receber o evento científico mais importante na área é um mérito para os pesquisadores que se dispuseram a organizá-lo e mostra a maturidade dessa comunidade”, completa.
No período do evento, que começou no dia 27, acontecem ainda o V Congresso Ibero-Americano e do Caribe de Restauração Ecológica e a I Conferência Brasileira de Restauração Ecológica. (Fonte: MMA)