AIEA classifica teste nuclear norte-coreano como “extremamente deplorável”

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, classificou o teste nuclear da Coreia do Norte de domingo (3) como “um ato extremamente deplorável” e um “desprezo completo” das repetidas exigências da comunidade internacional. A informação é da agência EFE.

Em sua mais recente resolução, de 5 de agosto, o Conselho de Segurança da ONU pediu à Coréia do Norte que não voltasse a realizar nenhum teste nuclear. “Mais uma vez vez, pedimos com veemência à Coréia do Norte que plenamente aplique as resoluções relevantes do Conselho de Segurança da ONU e da AIEA”, diz o líder do órgão máximo da Organização das Nações Unidas (ONU) para assuntos nucleares em sua declaração.

A Coreia do Norte afirma que detonou no domingo, em meio à recente tensão com os Estados Unidos, com sucesso uma bomba de hidrogênio que pode ser instalada em um míssil balístico intercontinental, que causou dois tremores no país.

Especialistas da AIEA inspecionaram durante anos o programa nuclear da Coreia do Norte, mas seus inspetores foram expulsos do país em abril de 2009. Desde então, a agência vigia as atividades nucleares do regime norte-coreano por imagens de satélite.

Níveis de radioatividade na fronteira – A China anunciou que está medindo os níveis de radiação na fronteira com a Coreia do Norte após o teste nuclear realizado neste domingo pelo regime de Pyongyang e, até o momento, não identificou índices anormais, segundo o Ministério da Proteção Ambiental.

“Os resultados das medições mostram que o teste da Coreia do Norte não está afetando, atualmente, nosso meio ambiente e nossa população”, de acordo com comunicado emitido pela pasta.

A Administração Nacional de Segurança Nuclear do ministério tem uma rede de estações de medição, que foram ativadas como procedimento de emergência neste domingo, após ser detectado tremor de terra na Coreia do Norte.

Ao todo, são 38 estações de detecção de radioatividade em toda a fronteira com o país vizinho e em regiões costeiras próximas. (Fonte: Agência Brasil)