Entre os dias 13 a 17 de novembro, o Programa de Pós-Graduação de Biologia de Água Doce e Pesca Interior (Badpi) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) realizará o II Simpósio de Biologia e Pesca em Água Doce. O objetivo é destacar e divulgar as pesquisas desenvolvidas sobre o conhecimento amazônico.
A abertura acontece na próxima segunda-feira (13 ), às 9h, com palestra de abertura do diretor do Inpa Luiz Renato de França sobre reprodução de peixes intitulada “Espermatogênese e transplante de espermatogônias tronco em peixes”.
Organizado pela Pós-Graduação em Ciências Biológicas – Biologia de Água Doce e Pesca Interior (PPG-Badpi), o simpósio acontece a cada dois anos e é destinado a professores, estudantes e demais interessados nos temas.
As atividades acontecerão das 8h às 18h, com intervalo do almoço, nos Campus I e II do Instituto, ambos com entrada pela a Rua Bem-te-vi (antiga Otávio Cabral), s/nº, bairro Petrópolis.
“Esse é um momento em que há uma maior interação entre alunos e professores, onde há a possibilidade dos alunos de mestrado e doutorado ouvirem de palestras de pesquisadores renomados, principalmente nas cinco linhas de pesquisa do nosso curso”, disse a pesquisadora do Inpa Cláudia Pereira de Deus, que falará sobre a trajetória e perspectivas para o curso Badpi, que atualmente possui nota 4 em uma escala que vai até 7 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
O Badpi faz pesquisas básicas como estudos da biologia e ecologia de diferentes organismos aquáticos (peixes, invertebrados, crustáceos, macrófitas/plantas aquáticas), descrição de espécies novas (taxonomia) até pesquisas mais aplicadas como avaliação de impactos de construção de usinas hidrelétricas e poluições de igarapés nas áreas urbanas de Manaus.
Entre as pesquisas e os resultados que serão apresentadas no Simpósio está a do pesquisador do Inpa Bruce Forsberg, que irá falar sobre Potencial impacto de novas hidrelétricas andinas sobre o ecossistema fluvial amazônico. Segundo o pesquisador, essas hidrelétricas causarão múltiplos impactos.
“Na região andina, onde ficam as montanhas e de onde vem a maioria dos elementos e nutrientes para o rio Amazonas que fertiliza as várzeas e abastece a produção pesqueira de toda a várzea central e região do delta do Amazonas, esses nutrientes fazem com que diminua a produtividade rio abaixo. Além de causar problemas de contaminação mercurial, esses nutrientes geram muitos gases de efeito estufa”, revela Forsberg.
As inscrições serão realizadas até o dia 10 de novembro de 2017, somente pelo site do evento, com uma taxa de R$ 35,00. Será permitido a cada participante a inscrição em um minicurso (vagas limitadas) e participação em todas as palestras e mesas-redondas. A programação completa do evento também está disponível no site.
Palestras
As palestras para os dias 13 e 14 de novembro trazem temas como Golfinhos da Amazônia, Ecologia Pesqueira na Amazônia, Assembleias de algas perifíticas como bioindicadores de qualidade ambiental do baixo rio Negro e Espermatogênese e transplante de espermatogônias tronco em peixes. As palestras serão realizadas no auditório da Biblioteca do Inpa, Campus I.
Nos 16 e 17, as palestras tratam sobre Conservação de Crocodilianos Amazônicos, da Eficiência digestiva ao consumir um recurso pobre em energia, das Hidrelétricas no rio Xingu, do monitoramento da fauna de peixes no encontro dos rios Negro e Solimões, da Biogeografia da Amazônia, Conservação do Peixe-boi da Amazônia, Impactos das hidrelétricas na Amazônia e outros. Para os dois últimos dias as palestras serão no auditório do Bosque da Ciência, também no Campus I.
Minicursos
Os cursos oferecidos são: A vida como ela é: peixe; Confecção de mapas de distribuição de espécies e Microinvertebrados aquáticos e algas: como e para que estudá-los. Todos os minicursos serão realizados no Campus II do Instituto, no dia 15 de novembro. O número de vagas disponíveis varia de curso para curso.