Um estudo publicado na revista científica Nature Geoscience revela que a água salgada abaixo da superfície de Marte pode estar originando a vida no Planeta Vermelho. Cientistas descobriram que isso só é possível graças a uma quantidade significativa de oxigênio encontrada no local, que seria suficiente para a emergência de micróbios e até de animais mais complexos como a esponja do mar, algo semelhante ao que aconteceu no planeta Terra há milhões de anos atrás.
A descoberta derrubaria a crença de que o planeta não seria capaz de proporcionar condições adequadas para que novas vidas surgissem. Para realizar o estudo, a equipe de cientistas contou com equipamentos de alta tecnologia que foram capazes de medir as condições de pressão e temperatura para mapear o potencial de armazenamento de oxigênio da região.
Ainda que tenha sido uma grande descoberta para a ciência, o fato de Marte ter oxigênio não quer dizer que o planeta seria capaz de sustentar e manter essas vidas. Existem muitas incógnitas para serem solucionadas como, por exemplo, de onde surgiu toda a água salgada presente no planeta.
Para o cientista Edgard Rivera-Valentin, que não participou do estudo, essa água muito salgada pode prejudicar a manutenção dessas vidas. “Toda essa salmoura formada em Marte poderia matar um ser vivo”, disse ao Scientific American.
O interesse em explorar as condições que Marte teria para abrigar a vida surgiu após cientistas anunciarem, em julho, o descobrimento de um grande lago abaixo da superfície do planeta com cerca de 3 metros de profundidade.
Os autores do estudo defendem que a água marciana rica em oxigênio pode ser a explicação para a formação de rochas oxidadas em Marte, um componente químico que só poderia ser originado com o auxílio de uma quantidade significativa de oxigênio.
Fonte: Revista Galileu