ONU premia sistema agrícola que preserva meio ambiente em MG

Apanhadoras de sempre-vivas — Foto: Valda Nogueira/Divulgação/Ministério da Agricultura
Apanhadoras de sempre-vivas — Foto: Valda Nogueira/Divulgação/Ministério da Agricultura

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) reconheceu o sistema de colheita de flores sempre-vivas como um “Sistema Importante do Patrimônio Agrícola Mundial” (SIPAM) nesta quarta-feira (11).

Criado em 2002 pela agência das Nações Unidas, esse registro distingue uma produção tradicional que trabalha pela segurança alimentar das comunidades, respeitando a biodiversidade, a vida selvagem e o conhecimento tradicional, “contribuindo para a formação de paisagens notáveis”.

Dos 59 sítios em 22 países diferentes já inscritos no registro SIPAM, é a primeira vez que a ONU distingue um local no Brasil.

A Serra do Espinhaço é coberto por uma savana, onde os agricultores locais colhem flores sempre-vivas, combinando essa atividade com horticultura agroflorestal, pastoreio de gado e culturas agrícolas ao pé das colinas, praticados em diferentes altitudes, diz a FAO.

Esse complexo sistema é baseado em um “profundo conhecimento dos ciclos naturais, ecossistemas e da flora originais”, bem como de “práticas tradicionais” transmitidas de geração para geração há mais de um século, o que permite aos habitantes “viver em harmonia com o meio ambiente, garantindo sua segurança alimentar e meios de subsistência”, acrescenta.

Sempre-vivas — Foto: Divulgação/Ministério da Agricultura
Sempre-vivas — Foto: Divulgação/Ministério da Agricultura

Respeitando os ciclos naturais e as práticas tradicionais, os agricultores contribuem para a preservação de culturas e vegetação nativas, permitindo sua regeneração.

Criada pela FAO durante a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável em 2002, o registro do SIPAM reconhece 33 locais na Ásia, três na África, seis no norte da África e no Oriente Médio e três na América Latina.

Fonte: AFP