Os danos atingiram Área de Preservação Permanente (APP) e espécies ameaçadas de extinção, como araucária, canela, cedro e xaxim. Parte da floresta era alvo de corte seletivo. Em outro trecho, a destruição ocorria a corte raso, com uso de maquinário pesado. Dois tratores apreendidos apresentavam as mesas características de equipamentos empregados em desmates de grandes dimensões na Amazônia, como esteira e lâmina frontal. De acordo com a investigação, a floresta nativa seria reflorestada com espécies exóticas, como pinus.
A operação foi planejada a partir da análise de imagens de satélite que apontaram danos à floresta em cerca de 250 hectares. Em campo, os agentes ambientais encontraram uma cova aberta com grande quantidade de toras de araucária, que seriam enterradas para ocultar as atividades ilegais.
A região centro-sul do Paraná abriga os últimos remanescentes de floresta de araucária do estado. Dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA) apontam que apenas 0,8% da vegetação em estágio avançado de regeneração permanece em pé. O local onde ocorreu a operação integra o bioma Mata Atlântica, mais especificamente floresta com araucária, que apresenta um dos maiores índices de destruição do país. O Paraná é o segundo estado no ranking de desmatamento da Mata Atlântica.
A equipe de fiscalização retornará ao local nos próximos dias para exame detalhado dos danos causados e conclusão dos procedimentos administrativos.
Fonte: IBAMA