Cientistas brasileiros descobriram a maior mosca-da-madeira já registrada no mundo. A fêmea de 6,2 centímetros foi encontrada pelos próprios pesquisadores dentro do Instituto de Biologia Marinha e Meio Ambiente (Ibimm) de Peruíbe, no litoral de São Paulo.
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Este foi o primeiro registro da espécie, que é rara e pouco catalogada, no litoral sul paulista. Segundo registros, as fêmeas desta espécie chegam a medir até 5 cm de comprimento e 7,5 cm de envergadura, pesando entre 2,5 g a 2,8 g. A mosca encontrada no instituto mede 6,2 cm, com 7,9 cm de envergadura e pesa 4,59 g.
A mosca gigante foi encontrada por acidente e, à princípio, foi confundida com um beija-flor, segundo conta o cientista e pesquisador Edris Queiroz, um dos responsáveis pelo estudo. “Ela estava voando no instituto, mas pensamos que fosse um beija-flor [por causa do tamanho], mas chegamos mais de perto e percebemos que era uma mosca”, conta.
O inseto foi capturado e preservado. Durante a pesquisa, o espécime foi enviado à Universidade de Brasília (UNB), sendo identificado como uma fêmea da espécie Pantophthalmus Tabaninus. Ela retornou ao Ibimm para análises e, nesta semana, o registro foi publicado na revista científica Brazilian Journal of Animal and Environmental Research.
“Encontrar um inseto tão grande no litoral nos surpreendeu. Ficamos preocupados, também, com um possível desequilíbrio ecológico”, conta o biólogo Edris Queiroz
Danos ambientais
Para o biólogo, a importância de relatar e registrar o aparecimento destes insetos é por conta dos riscos de danos ambientais. “Esta espécie é prejudicial às árvores. Elas botam larvas dentro dos troncos, que começam a comer tudo por dentro”, explica. “Algumas árvores podem vir a cair com o tempo”.
Ainda segundo o biólogo, o registro busca mapear e entender o motivo do aparecimento do inseto. “Para saber se é algum desequilíbrio ou se faz parte da cadeia ecológica do estado de São Paulo”, diz. Além disso, o registro informará a comunidade científica que a espécie está presente nesta região e abrirá campo para mais pesquisadores da área.
Fonte: G1