Montadora sueca Polestar projeta seu carro neutro em emissões de carbono para 2030

A montadora sueca Polestar, uma divisão de veículos elétricos de alto desempenho da Volvo, está trabalhando em um carro neutro em emissões de carbono com previsão de lançamento para 2030. O projeto ambicioso é parte dos esforços de sua organização-mãe, que quer se tornar uma empresa cada vez mais verde e parar de vender carros à gasolina até o mesmo ano. 

Ao invés de plantar árvores como forma de compensar as emissões de dióxido de carbono de sua operação, uma prática comum na indústria. A empresa deseja alterar a forma como os carros da marca são feitos. E isso inclui toda a cadeia de produção da Polestar, desde seus fornecedores, até os concessionários que venderão os veículos.

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“Somos elétricos, então não precisamos nos preocupar com os motores de combustão que produzem emissões tóxicas”, declarou a chefe de sustentabilidade da empresa, Fredrika Klarén. “mas isso não significa que nosso trabalho está feito”, prosseguiu a executiva. 

Klarém acredita que só o fim das emissões de carbono pode fazer com que a empresa realmente esteja contribuindo com o meio-ambiente. “Vamos trabalhar para erradicar todas as emissões oriundas da produção de nossos veículos”, disse ela. “É uma oportunidade de aproveitar o momento, fazer melhor e ousar construir o sonho de carros neutros, circulares e bonitos para o clima”. 

Compensações não deram certo

Modelo de compensação de carbono dá indícios de que não funciona. Crédito: Wikimedia Commons

A decisão da Polestar de ter um carro neutro em emissões de carbono em menos de 10 anos faz parte de uma tendência que também é adotada por outras empresas, que desejam se tornar mais verdes e fazer uma economia mais sustentável. 

Isso é um forte indicativo de que a prática de trabalhar com compensações de carbono não foi bem sucedida e precisa ser revista pelas empresas. “Compensar é uma desculpa para escapar”, disse o CEO da montadora, Thomas Ingenlath.

“Ao nos esforçarmos para criar um carro totalmente neutro para o clima, somos forçados a ir além do que é possível hoje”, completou o executivo. 

Fonte: Olhar Digital