Inaugurada nesta sexta-feira (17) no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, mesma data em que a instituição celebra seu sexto aniversário, a exposição temporária Fruturos — Tempos Amazônicos promete ambientar seus visitantes sob diversos aspectos da Amazônia. Da a biodiversidade do bioma às vivências dos muitos povos locais, a mostra convida o público a ouvir sons da região, interagir com os painéis e refletir sobre o futuro das florestas.
A cenografia da entrada já revela a imensidão de espécies, incluindo a comunicação sonora de animais aquáticos e a enorme Coccoloba, uma árvore amazônica que tem uma das maiores folhas do mundo, com cerca de 1,60 metro.
Na sequência, um ambiente que lembra uma maloca — tipo de habitação coletiva indígena que abriga diversas famílias — resgata os múltiplos elementos da cultura que abraça a Amazônia. Além de listar os muitos idiomas falados no bioma, a sala mostra uma série de objetos utilizados por povos originários e permite uma escuta interativa dos instrumentos indígenas.
Outras comunidades, como ribeirinhos e até agricultores e extrativistas, também são parte da exposição, que traz para o debate o desenvolvimento econômico que vem sendo adotado na região, incluindo as perigosas atividades ilegais de garimpo e grilagem. “Nós pretendemos mostrar os desafios atuais da Amazônia, os diferentes cenários que se configuram a partir do modelo de desenvolvimento socioeconômico atual e a proposta de um novo modelo que seja baseado na ciência, nos saberes tradicionais e no compromisso com a floresta em pé”, explica Leonardo Menezes, diretor de Conhecimento e Criação do Museu do Amanhã e curador da mostra, em comunicado enviado à imprensa.
Elementos culturais como danças, músicas, culinária, literatura e festas realizadas na Amazônia figuram entre os temas de partes interativas da exposição. A ciência é muito bem representada pela estrutura que remete ao Observatório de Torre Alta da Amazônia (ATTO, na sigla em inglês), torre de 325 metros instalada no meio da floresta que tem como objetivo contribuir com estudos climáticos a partir de dados meteorológicos, químicos e biológicos.
“O que norteou o trabalho de suporte científico para a exposição, em primeiro lugar, é o universo fascinante da Amazônia, que é um dos ecossistemas mais ricos do planeta e, ao mesmo tempo, um dos mais ameaçados”, conta o cientista Paulo Artaxo, consultor-chefe da exposição. “Além disso, há também a importância de levar os temas do bioma para um público amplo de maneira bonita, lúdica e simplificada para que qualquer pessoa possa entender”, acrescenta.
Fonte: Galileu