EXCLUSIVO: Revista carioca fará campanha de esclarecimento quanto ao descarte de lâmpadas fluorescentes

Mônica Pinto / AmbienteBrasil

Mais duráveis e econômicas do que as tradicionais, as lâmpadas fluorescentes caíram em cheio no gosto dos brasileiros, sobretudo a partir da imposta redução no consumo de energia em 2001, por conta da crise energética que assolou o país.

O que muita gente ainda não sabe é que as lâmpadas fluorescentes apresentam sérios riscos ao meio ambiente, especialmente em função do mercúrio, um metal altamente tóxico, que pode contaminar o solo, os animais e a água. Isoladamente, o risco oferecido por uma lâmpada é quase nulo, mas levando em consideração as 80 milhões de lâmpadas comercializadas no Brasil, o problema se agrava.

Nessa questão em que se opõem, mais uma vez, hábitos de consumo e qualidade ambiental, são escassos os veículos da imprensa que procuram conscientizar a população quanto à necessidade de um descarte rigorosamente correto das lâmpadas fluorescentes.

A boa notícia é que será justamente esse o tema a abrir a série de cadernos com foco ambiental produzidos pela revista Agito Rio, que circula no Rio de Janeiro, com periodicidade mensal e hoje na décima-quarta edição. “Com a pouca quantidade de mídias brasileiras que têm em suas pautas temas ligados ao meio ambiente, se torna cada vez mais difícil a difusão de idéias que chamem a atenção das pessoas para as causas ambientais”, justifica Roberto Nóbrega, diretor da publicação.

O caderno especial vai mostrar como as lâmpadas fluorescentes podem e devem ser recicladas, não se tornando, assim, potenciais inimigas do meio ambiente.

Nóbrega antecipa que, a partir de julho, a publicação iniciará, desta vez em todo o estado do Rio de Janeiro, uma campanha denominada “Agito Rio – Recicla!” para incentivar a implantação de políticas ambientais em esferas estadual e municipal nas cidades fluminenses. “O objetivo é que sejam devidamente recolhidas para posterior reciclagem as lâmpadas fluorescentes existentes, e que são indevidamente jogadas em aterros ou quebradas expelindo materiais tóxicos para a natureza”, diz. Outros Estados do país já têm legislações específicas sobre o tema (confira resumos no final da matéria).

A campanha já conta com o apoio de outros veículos de comunicação, entre os quais AmbienteBrasil, e do Colégio e Faculdade Pinheiro Guimarães.

Saiba mais sobre os efeitos do mercúrio

Legislação associada:

Dispõe sobre o descarte final de produtos potencialmente perigosos do resíduo urbano que contenham metais pesados no Estado de São Paulo.

Dispõe sobre o descarte e destinação final de lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham metais pesados no Estado do Rio Grande do Sul.


É alterada a Lei n° 11.019, de 23 de setembro de 1997, acrescentando normas sobre o descarte e destinação final de lâmpadas fluorescentes, baterias de telefone celular e demais artefatos que contenham metais pesados, no Estado do Rio Grande do Sul.

Dispõe sobre a coleta, o recolhimento e o destino final de resíduos sólidos potencialmente perigosos no Estado de Santa Catarina.