Resumo da Semana: 20 a 26 de outubro de 2019

Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicadas durante a semana no Ambientebrasil.

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Acompanhe: Vazamento de petróleo no Nordeste

Oceanógrafos, químicos e autoridades estaduais avaliaram o impacto da movimentação da mancha pela costa do Nordeste.

A contaminação química dura muito mais tempo do que aquilo que a poluição visual pode sugerir.” Essa é a constatação de uma oceanógrafa do grupo voluntário Guardiões do Litoral ao analisar os impactos decorrentes do derramamento de petróleo no Nordeste, que podem durar décadas. Já são atualmente 200 localidades atingidas pelo óleo , inclusive na Baía de Todos os Santos, em Salvador.

O magnitude do impacto também vem preocupando especialistas, seja pela chegada do óleo em ecossistemas extremamente sensíveis como os manguezais, bancos de coral e estuários, como também, os impactos econômicos e de saúde a população local. Isto por que, boa parte do sustento e trabalho da população local vem do mar, o que torna as consequências do desastre ainda mais expressivas.

A Marinha do Brasil segue o trabalho de investigação da fonte do derramamento de óleo, passando da investigação inicial de mil navios para 30 navios. A principal suspeita no momento, é que o vazamento tenha partido de um navio irregular, conhecidos como “dark ship”. Enquanto isso, grupos de voluntários seguem com intensos mutirões de limpeza das costas atingidas – “O mar é minha vida, não posso ver esse horror e não fazer nada“.

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O desafio de conter as manchas de óleo no Nordeste

Estudo mostra alta concentração de antibióticos nas águas de rios do mundo

Vista do rio Tâmisa, em Londres. Foto: pixabay/ChristofS (CC)

Um estudo global recente descobriu que as concentrações de antibióticos em alguns rios do mundo excedem os níveis de parâmetro considerados “seguros” em até 300 vezes. Para a elaboração da pesquisa, o grupo responsável analisou rios de 72 países e seis continentes, onde 14 antibióticos comumente usados, foram encontrados em 65% dos locais monitorados.

Os antibióticos são uma das muitas substâncias conhecidas como poluentes emergentes, que se caracterizam por ameaças potenciais ao meio ambiente, mas que ainda não são amplamente regulamentados por legislações nacionais ou internacionais. Especificamente para os antibióticos, a pesquisa aponta como uma possível causa destes registros, o aumento da resistência a estes medicamentos, tornando o tratamento mais longo, complexo e com maior ocorrência no ambiente.

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‘Blob’: o que é a misteriosa criatura com 720 sexos e sem cérebro

O Physarum polycephalum é considerado um dos maiores mistérios da natureza.

Ele não tem boca, estômago, olhos, tampouco pode detectar ou digerir alimentos. Também não tem braços ou pernas, mas consegue se locomover — e, em um único dia, dobrar de tamanho. Além disso, é capaz de aprender e transmitir conhecimento (mesmo sem cérebro), se for cortado ao meio se regenera em dois minutos e os cientistas ainda não sabem se é uma planta, animal ou fungo. Estas características são do
Physarum polycephalum, que literalmente quer dizer “bolor de várias cabeças”.

A curiosa criatura ganhou o apelido de “Blob” pelo zoológico de Paris, como referência ao filme de ficção científica “A Bolha Assassina” de 1958 e passará a ser visto a partir deste final de semana no zoológico. Uma das características mais fascinantes do Blob é sua capacidade de memorizar, adaptar comportamentos, resolver problemas, se movimentar em labirintos, mesmo sem um sistema nervoso central. Por conta desta habilidade, um estudo recente redefiniu o que entendemos como inteligência.

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15 perguntas para entender as mudanças climáticas

As geleiras do Ártico diminuíram nos últimos anos.

As mudanças climáticas estão em “tempo real diante de nossos olhos”, afirma Michael Mann, professor da Universidade Estadual da Pensilvânia, um dos cientistas do clima mais respeitados do mundo. A discussão sobre as mudanças climáticas, assim como impactos e consequências a nível global e local vem passando por intensa discussão nos últimos anos.

Como forma de trazer mais objetivamente as principais questões e conceitos sobre o tema, a BBC selecionou 15 perguntas e respostas a fim de esclarecer pontos importantes do debate atual. As perguntas foram focadas principalmente em: Quais são as evidências do aquecimento global, quanto o clima será alterado no futuro e quais serão os efeitos sociais/ econômicos/ ambientais da mudança do clima.

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Ao menos 55 elefantes morrem de fome em meio à seca no Zimbábue

Há indícios de que os elefantes morreram pouco antes de chegar às poças d’água.

“A situação é desesperadora”, diz Tinashe Farawo, porta-voz da Zimparks, a agência de administração de parques e vida selvagem do país. Foi verificado que ao menos 55 elefantes morreram de fome no Parque Nacional Hwange, no Zimbábue, nos últimos dois meses, por causa da grave seca que atinge o país.

Farawo afirmou que o parque, que possui capacidade para 15 mil elefantes, atualmente abriga uma população de mais de 50 mil, sendo um dos fatores para a redução drástica da vegetação no local – que acabam amassadas ou arrancadas pelos animais. A seca atingiu também as colheitas e afetou o estoque de suprimentos de ao menos um terço da população, que está precisando de alimentos sob risco de passar fome no país.

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Conheça a ave brasileira que tem o canto mais alto de um animal já registrado

Araponga-da-amazônia: pássaro não só tem o canto mais alto já registrado no mundo animal, como tem ‘tanquinho’ no abdômen.

A pequena ave com cerca de 30 cm e pesando em torno de 220 g, surpreendeu os pesquisadores que estudaram seu canto. Isto por que, a ave emite o som mais alto entre todos os animais que vivem no planeta – pelo menos dos que se tem registro.

A araponga-da-amazônia, espécie comum em Roraima e no Pará, possui canto que atinge até 125 decibéis (dB), intensidade um pouco menor que uma turbina de avião a jato, que chega a 140 dB.

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Meteoro que matou os dinossauros transformou o oceano em ácido, diz pesquisa

O impacto formou a cratera de Chicxulub, no México.

O gigantesco meteoro que atingiu o planeta Terra no período Cretáceo (há 66 milhões de anos) gerou tsunamis, incêndios e levantou uma coluna de poeira que obstruiu a atmosfera do planeta. Mas a recente pesquisa, da Universidade de Yale, mostrou que o grande meteoro também teve efeito devastador nos oceanos desconhecido até o momento – provocou a rápida acidificação das águas.

“Nossos dados indicam que o impacto, não a atividade vulcânica, foi o fator chave que levou à extinção em massa no período Cretáceo”, escrevem os cientistas na pesquisa, publicada nesta semana na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. A pesquisa mostra foram geradas chuvas ácidas que caíram nos oceanos e deixaram as águas ácidas, gerando a destruição também da vida marinha na época.

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