Resumo da Semana: 24 a 30 de novembro de 2019

Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicadas durante a semana no Ambientebrasil.

R$ 7 trilhões por ano: os estudos que tentam calcular quanto a Amazônia, em pé, rende ao Brasil

Alguns pesquisadores têm se especializado no cálculo, em dinheiro, dos serviços oferecidos pela natureza.

Dois estudos revelaram números surpreendentes sobre a contribuição financeira atual da Floresta Amazônica para o Brasil. Os estudos macroeconômicos, denominados de Changes in the Global Value of Ecosystem Services da Universidade Nacional da Austrália e o estudo Valorização Espacialmente Explícita dos Serviços Ecossistêmicos da Floresta Amazônica Brasileira, da Universidade Federal de Minas Gerais, desenvolveram metodologias para precificar os serviços que a floresta Amazônia oferece.

Cada estudo utiliza indicadores base para a precificação, focando em serviços como a regulação climática, produção de alimentos (como castanha-do-pará) e produção de matérias-primas ( como a borracha e madeira sustentável). Como um exemplo de valores que estes serviços podem chegar, foi mensurado cerca de US$ 1,83 trilhão (R$ 7,67 trilhões) por ano em valor bruto que a Amazônia brasileira rende ao país – e ao mundo.

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Morre o último rinoceronte de Sumatra fêmea da Malásia

Exemplos de rinoceronte-de-sumatra da Malásia (Foto: Wikimedia Commons).

O último rinoceronte de Sumatra da Malásia (Dicerorhinus sumatrensis) morreu no sábado, 23 de novembro. Com o nome de Iman, a fêmea era o último indivíduo da espécie — agora são menos de 80 que permanecem em estado selvagem, de acordo com a International Rhino Fundation, organização que atua na proteção de rinocerontes.

Os rinocerontes de Sumatra foram vítimas da caça furtiva para alimentar o comércio ilegal de chifres nos mercados asiáticos. Com isso, a espécie é provavelmente o mamífero mais ameaçado do planeta, com declínios de mais de 70% nos últimos 20 anos.

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Região de Cuatro Ciénegas, no México, é um lugar único no mundo.

Lugares únicos no mundo, como o pântano de Cuatro Ciénegas, localizado em Coahuila, ao norte do México, vem atraindo diversos pesquisadores do mundo pelo seu potencial de diversidade de micro-organismos – similares aos que existiam na primeira era do planeta. Neste local, existe um conjunto de 200 lagoas com bactérias que descendem das existentes a milhões de anos – época em que não havia oxigênio na atmosfera.

A importância das pesquisas está em entender como os organismos conseguem sobreviver neste ambiente, trazendo esclarecimentos quanto a, por exemplo, o combate a poluição no planeta – “Eles sobrevivem a partir de metais pesados, reciclando os elementos que nos deram vida. Podem limpar as minas, o mar, apreender CO2 em seus corpos.” diz pesquisadora do Instituto de Ecologia da Universidade Nacional Autônoma do México.

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Finalmente descobrimos a frequência cardíaca de uma baleia-azul e você não vai acreditar: estudo

As baleias-azuis podem alcançar até 30 metros de comprimento e cerca de 173.000 quilogramas. Apenas um desses animais equivale a 28 elefantes-africanos, o maior animal terrestre vivo hoje.

Como forma de entender melhor as condições que permitem as baleias-azuis a cresceram tanto, um novo estudo da Universidade de Stanford e da Universidade da Califórnia (EUA) realizou medições inéditas da frequência cardíaca do maior animal da Terra. E os resultados surpreendentes mostraram que durante um mergulho profundo, a frequência cardíaca de uma baleia-azul foi em média de 4 a 8 batimentos por minuto, e chegou a apenas 2 batimentos por minuto. Esse resultado é 30 a 50 vezes menor do que o esperado.

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‘O mar parece um supermercado, com tanta sujeira’: mergulhadores lutam para limpar recifes

A Indonésia, que possui um dos ecossistemas marinhos com maior biodiversidade do mundo, é também o segundo maior produtor de resíduos marinhos do mundo. É possível encontrar de tudo no fundo do mar do arquipélago — de sacolas plásticas a camas, ventiladores e armários, diz ambientalista fundadora do Divers Clean Action Foundation, uma rede de mergulhadores voluntários que limpam os detritos do mar.

A Fundação conta agora com 1,5 mil voluntários em todo o país e no Sudeste Asiático, que além da limpeza do oceano atuam com parceiros de centro de reciclagem e campanhas de conscientização ambiental.

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Quais plantas domésticas você deve comprar para purificar o ar? Nenhuma.

A jardinagem em ambientes internos esteve em ascensão este ano, e muitas das plantas domésticas populares vendidas a consumidores ansiosos foram comercializadas como purificadoras de ar. Novas pesquisas, no entanto, continuam mostrando que as plantas domésticas não possuem papel algum na purificação do ar doméstico.

Em uma rápida pesquisa na internet, você pensaria o contrário. Sites de decoração listam várias plantas que prometem remover toxinas e produtos químicos perigosos do ar . Entretanto, as plantas domésticas, embora encantadoras e com uma série de outros benefícios, não atuam diretamente com a purificação do ar em um ambiente, dizem os cientistas que estudam o ar que respiramos.

Um estudo mostrou através de revisões de estudos científicos e calculo da taxa de entrega de ar limpo, de cada planta, que embora as plantas removam determinados poluentes, os fazem em um ritmo tão lento que não é possível competir com os mecanismos de troca de ar já existentes nos edifícios. Como exemplo, para que houvesse uma redução significativa seria necessário cerca de 10 plantas a cada nove centímetros quadrados aproximadamente. Em um pequeno apartamento de 46 metros quadrados, isso significa cerca de cinco mil plantas, uma verdadeira floresta.

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