Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicadas durante a semana no Ambientebrasil.
R$ 7 trilhões por ano: os estudos que tentam calcular quanto a Amazônia, em pé, rende ao Brasil
Dois estudos revelaram números surpreendentes sobre a contribuição financeira atual da Floresta Amazônica para o Brasil. Os estudos macroeconômicos, denominados de Changes in the Global Value of Ecosystem Services da Universidade Nacional da Austrália e o estudo Valorização Espacialmente Explícita dos Serviços Ecossistêmicos da Floresta Amazônica Brasileira, da Universidade Federal de Minas Gerais, desenvolveram metodologias para precificar os serviços que a floresta Amazônia oferece.
Cada estudo utiliza indicadores base para a precificação, focando em serviços como a regulação climática, produção de alimentos (como castanha-do-pará) e produção de matérias-primas ( como a borracha e madeira sustentável). Como um exemplo de valores que estes serviços podem chegar, foi mensurado cerca de US$ 1,83 trilhão (R$ 7,67 trilhões) por ano em valor bruto que a Amazônia brasileira rende ao país – e ao mundo.
Morre o último rinoceronte de Sumatra fêmea da Malásia
O último rinoceronte de Sumatra da Malásia (Dicerorhinus sumatrensis) morreu no sábado, 23 de novembro. Com o nome de Iman, a fêmea era o último indivíduo da espécie — agora são menos de 80 que permanecem em estado selvagem, de acordo com a International Rhino Fundation, organização que atua na proteção de rinocerontes.
Os rinocerontes de Sumatra foram vítimas da caça furtiva para alimentar o comércio ilegal de chifres nos mercados asiáticos. Com isso, a espécie é provavelmente o mamífero mais ameaçado do planeta, com declínios de mais de 70% nos últimos 20 anos.
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As piscinas naturais que podem ter chave para ‘cura’ do planeta com biodiversidade ‘pré-histórica’
Lugares únicos no mundo, como o pântano de Cuatro Ciénegas, localizado em Coahuila, ao norte do México, vem atraindo diversos pesquisadores do mundo pelo seu potencial de diversidade de micro-organismos – similares aos que existiam na primeira era do planeta. Neste local, existe um conjunto de 200 lagoas com bactérias que descendem das existentes a milhões de anos – época em que não havia oxigênio na atmosfera.
A importância das pesquisas está em entender como os organismos conseguem sobreviver neste ambiente, trazendo esclarecimentos quanto a, por exemplo, o combate a poluição no planeta – “Eles sobrevivem a partir de metais pesados, reciclando os elementos que nos deram vida. Podem limpar as minas, o mar, apreender CO2 em seus corpos.” diz pesquisadora do Instituto de Ecologia da Universidade Nacional Autônoma do México.
Finalmente descobrimos a frequência cardíaca de uma baleia-azul e você não vai acreditar: estudo
As baleias-azuis podem alcançar até 30 metros de comprimento e cerca de 173.000 quilogramas. Apenas um desses animais equivale a 28 elefantes-africanos, o maior animal terrestre vivo hoje.
Como forma de entender melhor as condições que permitem as baleias-azuis a cresceram tanto, um novo estudo da Universidade de Stanford e da Universidade da Califórnia (EUA) realizou medições inéditas da frequência cardíaca do maior animal da Terra. E os resultados surpreendentes mostraram que durante um mergulho profundo, a frequência cardíaca de uma baleia-azul foi em média de 4 a 8 batimentos por minuto, e chegou a apenas 2 batimentos por minuto. Esse resultado é 30 a 50 vezes menor do que o esperado.
‘O mar parece um supermercado, com tanta sujeira’: mergulhadores lutam para limpar recifes
A Indonésia, que possui um dos ecossistemas marinhos com maior biodiversidade do mundo, é também o segundo maior produtor de resíduos marinhos do mundo. É possível encontrar de tudo no fundo do mar do arquipélago — de sacolas plásticas a camas, ventiladores e armários, diz ambientalista fundadora do Divers Clean Action Foundation, uma rede de mergulhadores voluntários que limpam os detritos do mar.
A Fundação conta agora com 1,5 mil voluntários em todo o país e no Sudeste Asiático, que além da limpeza do oceano atuam com parceiros de centro de reciclagem e campanhas de conscientização ambiental.
Quais plantas domésticas você deve comprar para purificar o ar? Nenhuma.
Em uma rápida pesquisa na internet, você pensaria o contrário. Sites de decoração listam várias plantas que prometem remover toxinas e produtos químicos perigosos do ar . Entretanto, as plantas domésticas, embora encantadoras e com uma série de outros benefícios, não atuam diretamente com a purificação do ar em um ambiente, dizem os cientistas que estudam o ar que respiramos.
Um estudo mostrou através de revisões de estudos científicos e calculo da taxa de entrega de ar limpo, de cada planta, que embora as plantas removam determinados poluentes, os fazem em um ritmo tão lento que não é possível competir com os mecanismos de troca de ar já existentes nos edifícios. Como exemplo, para que houvesse uma redução significativa seria necessário cerca de 10 plantas a cada nove centímetros quadrados aproximadamente. Em um pequeno apartamento de 46 metros quadrados, isso significa cerca de cinco mil plantas, uma verdadeira floresta.