Pesquisadores alemães tentam determinar se é possível reduzir o aquecimento global bombeando dióxido de carbono num fosso de 700 metros de profundidade, e acumulando o gás no subsolo.
Os trabalhos de perfuração tiveram início no fosso de teste em Ketzin, a oeste de Berlim. O Centro Nacional de Pesquisas em Geociências, conhecido pelas sigla alemã GFZ, encabeça o projeto, com financiamento de US$ 46 milhões (cerca de R$ 100 milhões) da União Européia.
O presidente do GFZ, Rolf Emmermann, disse que o objetivo do GFZ é estocar 60.000 toneladas de dióxido de carbono, ao longo dos próximos dois anos. O bombeamento do gás deve começar em meados de junho. O dióxido será guardado em rocha porosa, arenito, e em solução salina.
“Nada vai escapar para cima, porque o arenito está coberto por camadas absolutamente herméticas de argila”.
Com a ajuda de dois fossos auxiliares, os pesquisadores planejam observar como o gás se espalha pelo subsolo, e determinar a viabilidade da estocagem subterrânea por longo prazo.
Segundo Emmermann, a quantidade de gás que os pesquisadores esperam aprisionar no subsolo corresponde à que a população da cidade de Potsdam – de 144.000 habitantes – expira no mesmo período.
Ele disse que não vê a estocagem subterrânea como uma solução para o aquecimento global a longo prazo, mas como uma medida urgente para ganhar tempo para o desenvolvimento de tecnologias limpas. (Associated Press/ Estadão Online)