Líderes do Grupo dos Oito (G8, formado por países industrializados) vão se reunir na próxima semana, no Japão, com dirigentes de outras nações poluentes – Brasil, Índia, China, México e África do Sul – a fim de discutir metas de longo prazo e medidas provisórias para cortar a emissão de gás carbônico.
O G8 – formado por Japão, Canadá, França, Alemanha, Itália, Rússia, EUA e Grã-Bretanha – acertou no ano passado avaliar com seriedade a fixação de uma meta global para diminuir as emissões em 50 por cento até 2050.
Segundo Bush, qualquer acordo do tipo precisaria incluir outros países e não apenas as maiores nações industrializadas, um ponto fundamentalmente controverso das negociações.
“A primeira coisa é garantir um consenso sobre a necessidade de todos aceitarem uma meta de longo prazo”, afirmou o presidente a repórteres na Casa Branca. “O processo será eficiente quando todas as grandes economias sentarem-se à mesa.”
Em abril, o presidente norte-americano defendeu que seu país estabilize seu volume de emissões até 2025, algo que gerou críticas no mundo todo por ser considerada uma medida tímida demais.
Bush também se opôs a um plano econômico amplo prevendo limites para a emissão de dióxido de carbono.
“O primeiro passo consiste em acertar uma meta de longo prazo”, disse a repórteres. “Eu falei com o nosso representante a esse respeito e ele parece estar confiante no fato de as pessoas estarem compreendendo que vamos ter de adotar uma meta de longo prazo.”
“Tenho a esperança de que consigamos fazer isso nesse encontro”, afirmou Bush. “Se isso não for possível, continuaremos a caminhar para atingirmos nosso objetivo.”
O tempo está se esgotando para a aprovação de um acordo do clima capaz de suceder o Protocolo de Kyoto, que deixa de vigorar em 2012.
Negociadores de vários países presentes no encontro de dezembro passado em Bali para discutir as mudanças climáticas acertaram dar início a um processo de dois anos com o intuito de adotar um novo tratado no final de 2009, em uma conferência a ser realizada em Copenhague.
Os EUA não aderiram ao Protocolo de Kyoto, afirmando que as metas compulsórias de corte nas emissões prejudicariam a economia norte-americana e dariam uma vantagem injusta a países em desenvolvimento cujas economias crescem em alta velocidade, como é o caso da China e da Índia. (Fonte: Estadão Online)