Turistas de todo o país e do exterior lotam o pequeno povoado de São Jorge, distante cerca de 40 quilômetros de Alto Paraíso de Goiás (GO), ao qual é ligado administrativamente. Cravado na Chapada dos Veadeiros, o vilarejo de 500 habitantes tem no turismo sua principal atividade econômica.
No período do Encontro de Culturas Tradicionais da Chapada dos Veadeiros, que neste ano vai de 19 de julho a 2 de agosto, o número de pessoas no local sobe para cerca de dez vezes mais: chega aos 5 mil. As poucos, as pousadas, campings improvisados nos quintais das casas e quartos alugados pelos moradores quase não dão conta da demanda.
A partir de hoje (sábado), com o fim da primeira semana de atividades – dedicada exclusivamente à Aldeia Multiétnica, que reuniu cerca de 17 etnias para celebrar a integração dos povos indígenas –, o encontro segue com uma série de atrações. Apresentações de congadas, tambores de crioula, curraleiras e batuques estão previstos para os próximos dias.
“Estão chegando vários grupos, os kalungas, os quilombolas. Estamos fazendo um fórum de cultura popular, que é uma continuação das políticas públicas de cultura popular feitas pela Secretaria de Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Além das discussões políticas, [há] a beleza dos grupos que vão se apresentar”, diz o coordenador do evento, Juliano Basso.
A noite de hoje deve começar com bom humor: o 6º Festival Internacional de Piadas da Chapada dos Veadeiros. Todas as atrações têm o objetivo de preservar as culturas tradicionais.
“É bom para os jovens, para as sementes futuras, porque tudo muda. A cultura é dinâmica e está mudando o tempo inteiro. Mas o reconhecimento das nossas raízes e o aprendizado delas, o respeito e a participação, [tudo] é bonito para o que vamos gerar de cultura para o país. São essas sementes que estamos plantando, ao reunir as comunidades para que possam trocar informações”, destaca Basso.
(Fonte: Morillo Carvalho / Agência Brasil)
