Madeireiros suspeitos de planejar ataque a prédio do Ibama estão com prisão decretada

Dois madeireiros do município de Paragominas, no nordeste do Pará, apontados pela polícia civil como principais suspeitos de terem planejado a manifestação do último domingo que resultou no incêndio de veículos, documentos e na depredação do escritório regional do Ibama estão com prisão preventiva decretada pela Justiça. Os mandados foram expedidos pelo juiz da comarca, José Jonas Lacerda de Sousa.

Segundo a assessoria do Ibama no Pará, os empresários também teriam praticado diversos crimes ambientais, como desmatamento sem licença e comércio de madeira ilegal.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que esteve na quinta-feira (27) em Paragominas, confirmou sexta-feira (28) em Brasília a interdição das serrarias dos envolvidos no “episódio de vandalismo”. Os equipamentos utilizados nas atividades ilegais serão apreendidos. “Isso não vai ficar impune. Os responsáveis vão ser punidos”, disse.

O ataque ao escritório do Ibama ocorreu em represália às apreensões realizadas pela Operação Rastro Negro, deflagrada pelo órgão para combater a produção, o transporte e o comércio ilegal de carvão vegetal no Pará.

Desde o fim de outubro foram destruídos mais de 200 fornos de carvão ilegais, apreendidos 120 metros cúbicos de carvão vegetal e aplicadas multas que somam mais de R$ 2 milhões. Em Paragominas os fiscais apreenderam cerca de 400 metros cúbicos de madeira carregados em 14 caminhões. Eles acreditam que as toras eram retiradas de uma reserva indígena na região. (Fonte:Marco Antônio Soalheiro/ Agência Brasil)