A mudança do cenário é explicada pelo fato de os preços médios do etanol hidratado subirem nos postos de 24 Estados brasileiros e no Distrito Federal, em comparação com a semana anterior. O preço recuou apenas Pernambuco, com queda de 0,68% nos períodos, e permaneceu estável em Roraima.
Segundo o levantamento, os Estados onde a vantagem do etanol ainda foi mais significativa foram: Mato Grosso (preço do etanol é 49,23% do preço da gasolina), Goiás (58,14%), Tocantins (61,56%), São Paulo (62,61%), Paraná (64,19%), Mato Grosso do Sul (66,71%), Alagoas (67,22%), Pernambuco (67,48%), Rondônia (67,90%) e Rio de Janeiro (67,95%). Na Bahia, onde o preço do etanol correspondeu a 69,04% do da gasolina, e no Distrito Federal, onde a paridade foi de 69,12%, ainda era melhor abastecer com álcool na semana passada, mas os preços apresentaram altas no período. Ou seja, se a tendência se mantiver, o cenário poderá ser diferente na nova avaliação da ANP desta semana.
Já a gasolina foi mais vantajosa em Roraima (preço do etanol é 80,13% do valor da gasolina), Amapá (80,01%), Amazonas (77,63%), Pará (77,41%), Rio Grande do Sul (75,33%), Espírito Santo (72,99%), Santa Catarina (71,96%), Piauí (71,74%), Rio Grande do Norte (71,73%), Maranhão (71,35%), Sergipe (71,30%), Acre (71,08%), Minas Gerais (70,81%) e Paraíba (70,64%). O Ceará, onde a paridade entre álcool e gasolina é bem próxima dos 70% (com 70,4%), pode ser considerado o único Estado onde foi indiferente o uso dos dois combustíveis.
As maiores altas do etanol na semana passada foram registradas no Amapá (10,98%), no Piauí (5,88%), no Pará (5,82%), na Bahia (5,66%), no Maranhão (5,31%) e no Amazonas (5%). Maior produtor e consumidor de etanol do País, São Paulo segue atrás do Mato Grosso como Estado onde o álcool é mais barato. Nos postos paulistas, o combustível foi cotado a R$ 1,486, em média, alta de 1,41% na semana, de acordo com dados da ANP. No Mato Grosso o preço médio na semana passada foi de R$ 1,314 o litro, praticamente estável em relação ao R$ 1,313 do período anterior. (Fonte: Gustavo Porto/ Estadão Online)