Os estaleiros militares franceses DCNS apresentaram nesta quinta-feira (20) um projeto de reator nuclear submarino concebido para gerar eletricidade destinada a cidades litorâneas e ilhas com uma potência de até 300 megawatts, que poderia entrar em operação em 2017.
A decisão para a construção do protótipo do reator batizado Flexblue deverá ser tomada em 2013. Até lá, 150 engenheiros trabalharão no projeto, com um investimento previsto em dezenas de milhões de euros, detalhou a Direção de Construções Navais (DCNS).
Na iniciativa participam, além dos estaleiros navais que contam com a experiência da construção de 18 reatores que equipam ou equiparam os submarinos e os porta-aviões nucleares da Marinha francesa, as companhias estatais Areva e EDF, assim como o Comissariado da Energia Atômica (CEA).
O desenho previsto para a central elétrica é de um cilindro com 12 até 15 metros de diâmetro, com uma caldeira. A ideia é que a instalação permaneça submersa a 100 metros de profundidade, com distância de vários quilômetros do litoral. A produção poderia abastecer populações de 100 mil a 1 milhão de habitantes.
Ao ser submersa, a água do mar seria fonte para resfriar a tecnologia atômica. Isso seria uma garantia de segurança, já que o local estaria protegido de catástrofes como as quedas de aviões, meteoritos, raios ou terremotos, segundo a companhia de estaleiros.
Falta definir a posição dos analistas que deverão dar seu sinal verde, em particular diante do risco de fugas e de qualquer contaminação em um meio tão frágil como o marinho. Se o projeto for levado adiante será construído nas instalações da DCNS no porto de Cherbourg, no norte da França, e depois seria transportada de navio. (Fonte: G1)