A Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável que será realizada em junho, terá uma rodada de negociações paralela que reunirá ONGs, cientistas, entidades empresariais e sindicatos. A reunião será entre os dias 16 e 19 de junho e antecederá a cúpula dos chefes de Estado e de governo. A proposta é que o encontro produza um documento recheado de recomendações da sociedade civil para ajudar os chefes de Estado nas negociações da Rio+20.
O governo brasileiro e a ONU ainda estão selecionado as organizações que vão participar do encontro, mas nove perfis de entidades já foram definidos: negócios e indústria; crianças e jovens; agricultores; povos nativos; autoridades locais; ONGs; comunidade científica e tecnologia; mulheres; trabalhadores e sindicatos.
A pré-conferência, que foi batizada de “Diálogos da Sociedade Civil”, é uma novidade nas conferências da ONU, e amplia o espaço para os eventos não governamentais. As ONGs e movimentos sociais já contam com a Cúpula dos Povos, evento paralelo no Aterro do Flamengo, para discutir a agenda da Rio+20.
“A Rio+20 tem como tema central a economia verde e inclusiva. Por isso, é mais do que necessário ampliar os espaços de discussão e incluir temas emergentes e grupos como as mulheres, a agricultura familiar “, diz Samyra Crespo, secretária do Ministério do Meio Ambiente.
Para Jorge Abrahão, presidente do Instituto Ethos, entidade que dissemina o conceito de sustentabilidade nas empresas, o espaço extra para o debate das ONGs é bem-vindo. “É uma inovação na conferência, um ponte para que empresários e cientistas levem contribuições de teor prático para os chefes de Estado”, diz. (Fonte: Andrea Vialli/ Folha.com)
