O governo do Distrito Federal está a procura de um “assassino” diferente. O suspeito teria envenenado 17 árvores da quadra 313 Norte, nas proximidades do bloco “F”, em Brasília.
O crime foi confirmado por vistoria realizada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) no dia 27 de abril. A companhia chegou até as “vítimas” após denúncia de moradores da quadra, que perceberam que as copas das plantas estavam secando rápido demais.
O resultado da análise indica que 17 árvores – 10 mangueiras, uma laranja-lima, um ipê, uma uva-do-pará, dois pinheiros-de-natal, uma falsa-magnólia e uma espécie não identificada – foram contaminadas por produto tóxico. Na base dos troncos foram encontrados furos, por onde, segundo a Novacap, provavelmente foi injetado algum tipo de susbtância química.
“Algumas já morreram, outras teremos que aguardar para ver o que acontece com elas. As que estiverem mortas, com o tempo a gente corta e faz o plantio com espécies do cerrado”, afirma o chefe do Departamento de Parques e Jardins da Novacap, Rômulo Ervilha.
A companhia promete agora acionar a Delegacia Especial do Meio Ambiente (Dema), que vai procurar o autor da ação e apurar se houve efetivamente destruição ou apenas dano às árvores. Também vai averiguar se o crime foi doloso – com intenção – ou culposo – por negligência ou imperícia.
“Pela Lei de Crimes Ambientais, se houve dolo, a pena é de três meses a um ano de detenção, que pode ser substituída ou acrescida de multa. No caso de crime culposo, são três meses a um ano de detenção”, explica o delegado Ivan Francisco Dantas. (Fonte: Rafaela Céo/G1)