O Brasil negocia, até este sábado (16), com África do Sul, Índia e China as medidas que devem ser adotadas para conter os avanços do efeito estufa. Juntos, os quatro países formam o chamado grupo Basic nas reuniões internacionais ligadas às mudanças climáticas. O bloco discute em Chennai, na Índia, o posicionamento que defenderá diante das demais nações do mundo a respeito das medidas futuras de controle das emissões de poluentes.
Apesar de ser considerado um fenômeno natural, o efeito estufa tem sofrido alterações que se tornaram as causadoras do aquecimento global. As mudanças decorrem do aumento descontrolado das emissões de gases poluentes, entre eles o dióxido de carbono e o metano. A liberação dessas substâncias na atmosfera ocorre por conta de diversas atividades humanas e econômicas, entre elas o transporte, o desmatamento, a agricultura e a pecuária.
A questão central do encontro é a Plataforma de Durban, que prevê o estabelecimento de um novo regime climático até 2015 para passar a valer a partir de 2020. Até sábado, os países do Basic se empenharão em afinar os interesses e definir o formato que consideram ideal para o novo acordo. O alinhamento dos quatro emergentes deve levar em consideração aspectos ambientais, econômicos e sociais comuns.
Preparação – Esta é a 14ª vez que o bloco se reúne. Em Chennai, o Brasil está sendo representado pelo secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Carlos Klink, e técnicos do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Os encontros do Basic são realizados nos quatro países e funcionam como uma preparação para a Conferência das Partes (COP) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC). A COP é uma negociação anual com a presença de representantes de mais de 190 países.
A última reunião do Basic realizada em território nacional ocorreu em Brasília, em setembro de 2012. O bloco informal de diálogo sobre as negociações internacionais climáticas foi formado pelos quatro países em 2007. A atuação coordenada tem estimulado maior ambição no tema e contribuído para o apoio financeiro, tecnológico e técnico internacional das ações. (Fonte: MMA)