As agências humanitárias das Nações Unidas (ONU) estimaram na terça-feira (18) que cerca de 13 milhões de pessoas foram afetadas nas Filipinas pelo Tufão Haiyan, que atingiu o arquipélago em 8 de novembro.
Segundo os dados das agências da ONU o desastre natural deixou 4 milhões de filipinos desabrigados, dos quais apenas 10% foram acolhidos em centros de atendimento.
“Mais de 392 mil pessoas vivem nos 1.587 centros que foram criados e que estão concentrados na zona de Visayas [centro do arquipélago]”, disse o porta-voz do gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), Jens Laerke.
O tufão também provocou danos graves em cerca de 1,1 milhão de habitações, das quai pelo menos a metade estão totalmente destruídas.
Segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), a grande maioria dos deslocados são originários da área de Tacloban, capital da Ilha de Leyte, uma das mais afetadas pelo tufão, e muitos fugiram para a Ilha de Cebu, no grupo central do arquipélago, ou para a capital, Manila.
“Pouco depois do tufão, muitas pessoas abandonaram a zona afetada por mar e ar, e os aviões que distribuem ajuda humanitária desde Cebu para Tacloban regressam todos os dias com deslocados”, ressaltou o porta-voz do Acnur, Adrian Edwards.
O Acnur criou uma equipe para trabalhar nas imediações do Aeroporto de Tacloban com o objetivo de recolher informações sobre as necessidades dos deslocados. Equipes similares foram destacadas para outras zonas afetadas pelo Tufão Haiyan.
O Alto Comissariado continua enviando ajuda humanitária por via aérea para as zonas mais afetadas. Nos próximos dias devem aterrizar no Aeroporto de Cebu nove aviões com 10 mil tendas, 112 mil cobertores, 66 mil lonas de plástico, 9 mil lanternas e outros materiais que pretendem responder às necessidades de 100 mil pessoas.
Do número total de pessoas afetadas pelo tufão, mais de 5 milhões são crianças, informou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
As crianças enfrentam, segundo a organização, o risco de má nutrição e são vulneráveis não só a surtos de doenças – existem relatos de diarreia aguda entre menores -, mas também casos de violações e a abusos. (Fonte: Agência Brasil)