Uma nova agenda global para acabar com a pobreza até 2030 e buscar um futuro sustentável para todos foi adotada, nesta sexta-feira (25), por unanimidade, pelos 193 Estados-membros das Nações Unidas, no início da Cúpula da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável 2015. Eles aprovaram formalmente os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – 17 grandes metas que guiarão os próximos 15 anos na luta global contra a pobreza e as desigualdades. O processo de construção dessa metas começou em 2012, na conferência Rio+20.
A agenda compromete todos os países a tomarem uma série de ações que não somente atacam as causas profundas da pobreza, mas também pretendem aumentar o crescimento econômico e a prosperidade, além de abranger problemas ligados à saúde, educação e necessidades sociais das pessoas e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente.
Durante a cerimônia de abertura da Cúpula, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que “a nova agenda é uma visão universal, integrada e de transformação para um mundo melhor. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são o nosso guia. Eles são uma lista de coisas a fazer para as pessoas e o planeta, e um plano para o sucesso”, disse o secretário-geral, segundo comunicado divulgado pela ONU.
A adoção oficial da agenda aconteceu logo depois que o Papa Francisco se dirigiu à Assembleia Geral.
A nova agenda de desenvolvimento substitui os Objetivos do Milênio, cujo ciclo se fecha este ano com grande sucesso em áreas como a redução da extrema pobreza, mas longe de cumprir outras metas e incapazes de conter a desigualdade no mundo.
Os 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável incluem 169 metas concretas, cujo cumprimento será medido por 300 indicadores elaborados pela ONU. Os compromissos, negociados durante anos, afetam tanto os países ricos como os pobres e têm como eixo central a erradicação da pobreza extrema.
O plano estabelece especificamente a meta de acabar até 2030 com a pobreza mais grave, onde estão todos que vivem com menos de US$ 1,25 ao dia, e a de reduzir pela metade o número de pessoas pobres, medida em função das definições aplicadas por cada país.
A nova agenda se aprofundará também em outras áreas que registraram grandes progressos nos últimos anos, como a educação, a saúde e a luta contra a fome. Entre os objetivos está conseguir que em 15 anos chegue o fim da desnutrição, o acesso universal a alimentos suficientes, e que todas as crianças completem os estudos primários e secundários.
Também há metas ambiciosas para reduzir a mortalidade materna e infantil, acabar com a epidemia da aids e facilitar a todos o acesso a serviços de saúde sexual e reprodutiva.
Mas a nova estratégia procura responder também àquelas áreas em que os Objetivos do Milênio fracassaram, começando pelo problema da desigualdade. (Fonte: G1)