Fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente (Sedet) flagraram, nesta sexta-feira (22), uma destruição de aproximadamente um hectare de mata e apreenderam 24 metros cúbicos de madeira retirada ilegalmente da vegetação de Mata Atlântica localizada no Conjunto Residencial Maceió I, no Conjunto Eustáquio Gomes. A ação foi realizada após denúncias anônimas.
De acordo com a secretaria, o local é Área de Preservação Permanente (APP) foi devastado, ao que tudo indica, por moradores da própria comunidade. Algumas das vegetações suprimidas dentro da mata foram genipapeiro, aroeira, dendezeiro, imbaúbas, caboatão, imbiriba e massaranduba.
Até pouco tempo a região estava intacta, mas após a ocupação do novo residencial a vegetação começou a ser retirada do meio ambiente de forma ilegal e criminosa. O apreendido é o suficiente para encher dois caminhões do tipo caçamba.
Na ocasião, os fiscais viram troncos das árvores arrancados ainda no chão, raízes cortadas e muita área sem plantio algum. No meio da degradação, eles também encontraram criatório proibido de porcos, construção de barracos e cercas feitas com arame farpado e as madeiras retiradas da mata, todos apreendidos na ação. O material foi levado para a Central de Tratamento de Resíduos (CTR).
Segundo o coordenador da fiscalização ambiental da Sedet, José Soares, a região é ponto de recarga natural do lençol freático e já estava exposta a contaminação do solo com a emissão de poluentes dos animais. “Bem próximo daqui tem um poço artesiano da companhia de água e isso também é um risco para a população dessa comunidade”, explicou.
A Sedet ainda não identificou quem praticou o crime ambiental, mas um monitoramento continua sendo feito na região para evitar novas invasões e destruições do meio ambiente.
O secretário de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente, Mac Lira conta que a Sedet agiu rápido, ainda no início do desmatamento. “Esperamos que a própria comunidade fique atenta a esses criminosos e denunciem, caso haja nova tentativa de destruição da vegetação”, disse.
Qualquer lesão ao meio ambiente é crime e está previsto na Lei Federal 9.605 de 1998 e na Lei Municipal 4.548 de 1996. “Com o tempo a vegetação se recompõe, mas vamos ficar de olho nessa área para impedir novas intervenções ilegais”, reforçou José Soares.
A fiscalização da Sedet contou com o apoio da Secretaria de Segurança e Convívio Social (Semscs), da Superintendência de Limpeza Urbana (Slum) e da Polícia Militar (PM).
Fonte: G1