Uma nova pesquisa publicada no periódico Atmospheric mostra a relação do calor emitido por prédios em cidades grandes e fenômenos de ondas de calor. Esse tipo de energia não tem efeito significativo em termos mundiais, mas suas consequências podem afetar o microclima urbano.
Os autores do estudo utilizaram um método de simulação para quantificar os efeitos do calor dos prédios, e mapearam dados ambientais urbanos gerados pela Pesquisa de Mesoescala e Previsão de Tempo (WRF) e pelo Urban Canopy Model (UCM).
A simulação foi posta em prática nos cinco dias mais quentes da cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos. A análise foi feita em duas etapas: na primeira, os pesquisadores simularam o microclima urbano em alta resolução e, depois, geraram perfis de emissão de calor dos edifícios.
Como resultado, concluíram que a dispersão do calor emitido pelos prédios para o ambiente pode aumentar em 20% durante eventos de ondas de calor. A maior parte desse gasto vem de aparelhos de ar-condicionado: segundo o estudo, eles representam 86,5% do total do calor residual.
A pesquisa também aponta que, em áreas costeiras ou suburbanas, essa descarga de calor oriunda dos prédios é menos sensível a eventos climáticos mais quentes. Já nos centros urbanos, é o oposto: esses fenômenos se intensificam em condições extremas de temperatura.
Fonte: Galileu