EXCLUSIVO: Pesquisadores brasileiros avaliam, na Antártida, o impacto dos aerossóis sobre a atmosfera

Até o mês de novembro um aluno do curso de graduação em Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Paraná, UFPR, realiza pesquisas na Antártica.

Desde março Leandro Stival integra a equipe do Programa Antártico Brasileiro, realizando a coleta de aerossóis, que são conjuntos de micro-partículas suspensas na atmosfera.

A pesquisa visa identificar o impacto dos aerossóis sobre o clima e a coleta é feita com filtros que capturam materiais particulados minúsculos, com tamanho de aproximadamente 10 micrometros. Amostras de neve também estão sendo analisadas.

O coordenador adjunto do projeto, integrante do Departamento de Engenharia Ambiental da UFPR, Ricardo Henrique Godoi, lembrou que os fenômenos climáticos costumam ser associados à poluição atmosférica. “O black carbon [carbono negro], por exemplo, tem a propriedade de absorver calor, o que potencializa o degelo” , disse.

O carbono negro é resultante da queima de combustíveis fósseis. As moléculas se acumulam na superfície, tornando o gelo mais opaco. O calor é absorvido, por meio das radiações solares, o que amplia o derretimento das calotas polares.
*Com informações da UFPR.