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Acompanhe: Vazamento de petróleo no Nordeste
O enorme vazamento de resíduos de petróleo, que segundo pesquisadores de oceanografia da UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) tomou magnitude e extensão nunca antes vista no país, ainda permanece um mistério. Seja pela complexidade de identificar o ponto exato do vazamento que já atingiu mais de 2.000 km da costa, seja pela não precedência histórica, muitas análises vêm sendo feitas, mas ainda não são conclusivas. Autoridades afirmam que “muito provavelmente” o petróleo é de origem venezuelana, apesar da estatal Petróleos da Venezuela negar as acusações – além disso, se analisa a possibilidade dos resíduos de óleo terem vazado de um “navio fantasma”, que navegava de forma ilegal para evitar sanções.
Enquanto especialistas buscam entender a causa e os impactos correlacionados com o desastre ambiental, o Instituto Tamar realizou megaoperação para salvar cerca de mil tartarugas filhotes. A operação consistiu em soltar as tartarugas recém nascidas em alto mar, de forma a evitar que no momento que rompessem os ovos e caminhassem até o oceano, fossem atingidas pelo petróleo. Esta semana, o governador em exercício no estado da Bahia decretou emergência nos municípios afetados pelo vazamento, sendo observado também o caminho reverso das manchas de óleo, voltando a serem vistas nas praias de Sergipe, Alagoas e Pernambuco – provavelmente pelo próprio comportamento dinâmico do mar, sob influência de marés e correntezas.
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“Se encontrar algum, mate e congele”: o alerta nos EUA para evitar disseminação de peixe predador voraz
Se alimenta de rãs, pequenos lagartos e outros peixes, sobrevive fora da água durante alguns dias – se arrastando e com pequenos saltos sob o solo, além de possuir alta taxa reprodutiva. Estas são características do temido peixe-cabeça-de-cobra. Originários da China, Rússia e da península da Coreia, foram descobertos no início dos anos 2000 nos Estados Unidos, na Geórgia, onde acredita-se que foram liberados intencionalmente por compradores de peixes ornamentais.
Com rápido crescimento e sem predadores naturais – por serem invasores do habitat em que estão inseridos – tem causado grande preocupação a pesquisadores; que orientam que ao encontrar este peixe, deve-se matá-lo e congelá-lo, além de tirar fotos e mensurar as coordenadas geográficas de onde foram encontrados.
A medicina pode existir sem plástico?
A grande discussão que o uso de plástico tomou nos últimos tempos, vêm sendo palco de estudo pela Practice Greenhealth organização sem fins lucrativos destinada a tornar hospitais mais sustentáveis. Segundo ela, estima-se que mais de 25% dos resíduos gerados em hospitais sejam de plástico, onde uma única histerectomia produz até nove quilos de resíduo. A organização busca responder a pergunta – em um ambiente repleto de sangue e patógenos, é possível evitar o plástico?
Já tendo analisado mais de 330 hospitais, as constatações que vem se chegando é que apesar da resistência, praticidade e baixo custo, os plásticos estão sendo utilizados em excesso. Através de novas tecnologias, métodos de substituição de materiais hospitalares, e reciclagem em alguns casos, a organização afirma que é possível tornar hospitais igualmente sustentáveis, reduzindo inclusive o custo com o descarte dos resíduos. Foi apontado também no estudo, o vínculo da exposição precoce ao PVC em unidades de terapia intensiva, com a ocorrência de deficiências neurocognitivas a longo prazo.
Estudo intrigante descobre que humanos têm capacidade de regeneração como a salamandra
Em estudo da Universidade Duke (EUA) pesquisadores descobriram que possuímos uma alta capacidade em regenerar cartilagem – podemos até ter uma capacidade oculta “à la salamandra” de curar esse tecido.
Para realizar o estudo, foram coletados 18 amostras de tecido humano do quadril, joelhos e tornozelos, de pacientes que passaram por cirurgia, encontrando semelhanças com o mecanismo que os anfíbios possuem para crescer novos membros. O achado pode levar a inovações para o tratamento de lesões nas articulações e artrite.
Mudanças climáticas podem extinguir dois terços das aves na América do Norte
Pesquisa contou com o estudo de cerca de 604 espécies de pássaros da América do Norte, através de mais de 140 milhões de dados, analisando a influência das mudanças climáticas nas aves. “Os pássaros são indicadores da saúde do nosso meio ambiente, então se eles desaparecem, nós certamente veremos muitas mudanças na paisagem”, contou pesquisador ao jornal britânico The Guardian.
A organização não governamental que realizou a pesquisa, a National Audubon Society, alertou em seu relatório que dois terços dos pássaros que vivem na região estão ameaçados de extinção devido ao aquecimento global, por outro lado se houvesse a redução das mudanças climáticas, a população de aves pode aumentar em 76%.
PNUMA apoia projetos que visam tornar a cadeia global do cacau mais sustentável
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) vêm trabalhando em projetos destinados a tornar a indústria do cacau mais ecológica e sustentável. Isto por que, atualmente, a maior parte da produção global de cacau está associada ao desmatamento ilegal e perda da biodiversidade, além de menos de 7% do preço das barras de chocolates serem destinadas aos produtores de cacau.
O objetivo do projeto é mudar as práticas nos principais países produtores de cacau e empresas de chocolate, visando à conservação da biodiversidade, maior estabilidade a longo prazo para todos os atuantes na cadeia de produção e aumento de renda dos pequenos agricultores – incentivando a utilização da agroecologia.