Resumo da Semana: 17 a 23 de novembro de 2019

Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicadas durante a semana no Ambientebrasil.

Acompanhe: Vazamento de petróleo no Nordeste

Voluntária limpa rocha na praia baiana de Pedra do Sal em meados de outubro.

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) informou ter identificado um navio que seria responsável pelo vazamento de óleo no litoral do Nordeste. O Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis) da Ufal conseguiu identificar uma nova imagem de satélite do dia 19 de julho deste ano, que revela uma enorme mancha de óleo a cerca de 26 quilômetros do litoral da Paraíba. O nome da embarcação e a sua bandeira não foram divulgados, mas não se trata de nenhuma das cinco apontadas pela Marinha como as principais suspeitas pelo derramamento. Os dados coletados foram encaminhados ao Senado Federal.

No que se refere a remediação, na trajetória do derramamento de petróleo que já atingiu mais de 450 praias do litoral, uma opinião prevalece entre todos os especialistas no tema: o ideal seria conter a substância tóxica ainda no mar. Porém, para quando isso não é possível, uma série de Instituições e especialistas estão apresentando métodos tecnológicos de biorremediação, através de processos que aceleram a degradação de compostos de petróleo já impregnados nas áreas afetadas.

Ainda no tema, atualmente o óleo aparenta estar indo em direção ao sudeste por meio de correntes costeiras, que chegaram ao Espírito Santo e com possibilidade de que cheguem no Rio de Janeiro. Uma boa notícia em meio ao caos, é que até o momento a substância não foi encontrada nos recifes de corais da região do Arquipélago de Abrolhos.

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Poluição da água por antidepressivos afeta o comportamento de peixes

Comportamento de peixes-mosquitos (Gambusia affinis) foi alterado pela poluição de águas por antidepressivos (Foto: Noso/Wikimmedia Commons).

Os antidepressivos que são descartados incorretamente e acabam em lagos ou rios causam estragos nas interações e nas caças de peixes, conforme indica um novo estudo publicado no periódico científico Biology Letters. Segundo o estudo, há evidências crescentes de que medicamentos usados para condições psicológicas humanas influenciam no comportamento de animais aquáticos. A fluoxetina, popularmente conhecida como Prozac, já foi encontrada em ecossistemas aquáticos em concentrações extremamente altas, o que a torna um grave poluente.

No estudo, grupos foram expostos a níveis distintos de fluoxetina para se avaliar as consequências deste medicamento na água. Os resultados mostraram que em peixes solitários, a exposição ao antidepressivo não fez diferença no momento do caça. Mas quando eles caçavam juntos, a história foi outra. Dentro de um grupo, a caça gerou uma competição, na qual os peixes de maior tamanho tentaram comer o máximo possível, gerando um comportamento mais agressivo que o habitual.

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Assembleia em Veneza inunda logo após negar medidas contra mudanças climáticas

Veneza está em estado de emergência com a pior inundação em mais de 50 anos. A água atingiu 1,87 metros na terça-feira à noite. Esperava-se que isso fosse um alerta para o combate às mudanças climáticas, uma vez que o aumento do nível do mar está ligado ao acontecido. No entanto, a Assembleia Regional do Vêneto rejeitou medidas climáticas, na quarta-feira. Em seguida à votação a assembleia foi atingida pela inundação.

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Campanha do PNUMA pretende diminuir uso de plástico em produtos de higiene e beleza

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lançou um desafio online para que os internautas diminuam a quantidade de plásticos e microplásticos encontrados nos banheiros. “O que há no SEU banheiro?” faz parte da Campanha Mares Limpos, lançada em 2017 para gerar um movimento global para combater a poluição por plásticos.

O desafio convida que as pessoas façam vídeo ou foto dos plásticos e microplásticos encontrados no banheiro e postem nas redes sociais marcando o Programa – @UNEP_PT e a Campanha #MaresLimpos, além de se comprometerem a reduzir o consumo deste tipo de produto. A campanha digital acontece no mês de novembro.

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Incêndios na Austrália queimaram 1,6 milhão de hectares desde julho

Incêndios na Austrália já queimaram 1,6 milhão de hectares desde julho (Foto: Wikimedia Commons).

Assim como outros países de regiões áridas e quentes, a Austrália frequentemente lida com os incêndios florestais. Na última terça-feira (19), a maior cidade da Austrália amanheceu coberta por fumaça em temporada que vem sendo considerada a pior de queimadas no país. Até o momento, 1,6 milhão de hectares e quase 600 casas foram atingidos pelo fogo. Só no estado de New South Wales, uma área cinco vezes maior que a cidade de Londres e três vezes maior que todos os incêndios do ano passado foi perdida.

Ao menos seis pessoas e 350 coalas, animal encontrado somente na Austrália, morreram. Nos anos 1980, o cientista australiano Tom Beer publicou o primeiro estudo que estabeleceu a correlação entre as mudanças climáticas e os incêndios, em especial, pela diminuição da umidade relativa do ar. A Austrália é um dos países que mais contribuem para o efeito estufa no mundo, responsável por 5% das emissões de poluição.

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Um camarão-vermelho passa por uma esponja-de-vidro na zona onde o campo hidrotermal de Aurora bombeia calor e nutrientes para o desolado fundo do Oceano Ártico. Esta imagem foi captada por uma câmera instalada no navio quebra-gelo de pesquisa norueguês Kronprins Haakon, em outubro.
FOTO DE OFOBS, AWI TEAM.

Em uma zona conhecida como campo de fontes hidrotermais de Aurora, ao norte da Groenlândia, pesquisadores examinam atentamente um trecho fragmentado no fundo do mar, a quase 4 quilômetros abaixo de gelo marinho, que bombeia líquidos superaquecidos e fumegantes na escuridão. Por meio de uma câmera instalada sob o navio, foi possível capturar uma abertura na crosta terrestre, que revelou uma pluma negra irrompendo de uma cratera de quase um metro e meio de largura e com presença de espécies que conseguem sobreviver neste ambiente tão exótico.

As fontes de Aurora podem ajudar a detectar formas de vida nas profundezas dos oceanos de mundos alienígenas. Por enquanto, aqui na Terra, Aurora é um dos análogos mais próximos das fontes hidrotermais que possivelmente são encontradas em mundos oceânicos distantes, incluindo as luas com crostas de gelo Europa e Encélado, consideradas um dos melhores locais para procurar extraterrestres.

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Britânica de 24 anos cria alternativa ao plástico feita de restos de peixe e ganha prêmio internacional

Designer britânica Lucy Hughes, de 24 anos, criou alternativa ao plástico feita de restos de peixe que é biodegradável.

A designer britânica, Lucy Hughes, de 24 anos, ganhou prêmio internacional por criar uma alternativa ao plástico feita de restos de peixes. O material, batizado de MarinaTex, é feito de restos de peixe descartados que acabam em aterros ou em usinas de incineração. De acordo com um relatório das Nações Unidas, 27% dos peixes que são apanhados e retirados do mar nunca são consumidos.

O material que ela criou, diferente de outros tipos de bioplástico, biodegrada em temperaturas normais, isso significa que pode ser jogado fora em composteiras – além de ser translúcido, resistente e flexível. Segundo a criadora, o material pode ser usado como sacos de padarias, por exemplo, “que às vezes são usados durante um total de 15 segundos”, assim como para embrulhar sanduíches ou como pequenas sacolas para outras coisas.

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