Resumo da Semana: 15 a 21 de dezembro de 2019

Confira aqui as principais notícias e artigos que foram publicadas durante a semana no Ambientebrasil.

A devastação da Amazônia está rápida: aumentamos a área perdida em 84% em relação a 2018

A área que sofreu desmatamento na Amazônia brasileira neste último mês de novembro saltou 104% em comparação com o mesmo mês em 2018, de acordo com dados oficiais publicados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) por meio do sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (DETER).

Outro sistema baseado em satélite usado pelo Inpe foi o PRODES, que leva mais tempo para compilar os dados mas produz resultados mais confiáveis, apontou que nos 12 meses entre setembro de 2018 e setembro de 2019 ocorreu o desmatamento de mais de 10 mil km² – a maior área desde 2008. A média anual de área de floresta perdida entre 2009 e 2018 estava em 5,74 mil km².

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Desmatamento em áreas indígenas em 2019 é o maior em 11 anos, mostra estudo

Mudanças climáticas: por que os pântanos africanos podem estar aumentando os níveis de metano na atmosfera

Equipe de pesquisadores encontrou no Sudão do Sul uma explicação para a subida nos níveis de metano na atmosfera.

Finalmente, os cientistas acreditam que podem explicar, ao menos em parte, o aumento recente dos níveis de metano na atmosfera. Isto por que, um estudo da Universidade de Edimburgo, Reino Unido, verificou um crescimento relevante nas emissões vindas das regiões pantanosas do Sudão do Sul.

De acordo com os dados do estudo, obtidos por satélite, a região recebeu uma quantidade expressiva de água vindo de lagos da África Oriental, o que pode ser a causa da propulsão do metano (CH4) dos pântanos. O metano que é um gás de efeito estufa, foi identificado na região com níveis subindo rapidamente e com volume correspondente a cerca de 1.860 partes por bilhão.

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Porque 30 organizações assinaram uma carta avisando todas as nações para não comprar carne do Brasil

Um grupo de 30 organizações sem fins lucrativos, de diversos países, publicou uma carta aberta na quarta-feira. O texto alerta investidores sobre a compra de ações de duas gigantes brasileiras na produção de carne, devido ao desflorestamento ligado a Floresta Amazônica. De acordo com a carta, 70% da área desmatada na Floresta Amazônica foi convertida em pastagem. As empresas citadas são duas das maiores compradoras de gado na região.

Por outro lado, representantes das empresas se manifestaram, com o intuito de frisar que as mesmas seguem o compromisso assumido de desmatamento zero, incluindo alerta de incêndio e plataforma de monitoramento de fornecedores, reduzindo a ocorrência de inconformidades.

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Por que as zebras têm listras? Os cientistas que tentam responder à antiga pergunta

Da camuflagem a uma ‘marca de identidade própria’, já foram muitas as hipóteses para tentar explicar por que as zebras são listradas.

Em fevereiro de 2019, em uma fazenda no Reino Unido, ocorreu um experimento fascinante. Biólogos da Universidade da Califórnia, especializados em evolução, vestiram vários cavalos com casacões listrados como zebras, comparando-os a zebras de verdade. O Objetivo? Responder a pergunta que há muito tempo intriga curiosos e cientistas, por que as zebras têm listras?

Dentre os resultados dos experimentos, foi apontado que as zebras, que são os únicos equídeos listrados do mundo, utilizam as listras como: ferramenta contra picadas de insetos, para função termorregulatória e para proteção a predadores.

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Encontrada, totalmente escondida, a terra mais profunda do planeta Terra

O mapa da BedMachine revela cordilheiras e vales sob o gelo da Antártica. (Imagem: © Mathieu Morlighem / UCI).

Um novo mapa dos vales, desfiladeiros e montanhas, ocultos pelo gelo da Antártica mostrou a terra mais profunda do planeta e contribuirá para a previsão de perda de gelo futura. Isto por que, a topografia do local ajudará a prever de onde e como o gelo vai fluir e quais regiões congeladas seriam mais vulneráveis a um planeta mais quente.

O novo mapa, publicado na revista científica Nature Geoscience em 12 de dezembro, revela aspectos topográficos, antes desconhecidos, que moldam o fluxo do gelo na Antártica. E o impressionante neste mapa é a profundidade do desfiladeiro, que foi estimado em cerca de 3.500 metros abaixo do nível do mar. Como comparativo o Mar Morto, que é a região mais baixa de terra exposta, possui profundidade de 432 metros abaixo do nível do mar.

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